O edifício número 7 na rua Gvardeytsiv Kantemirovtsiv -agora conhecida como Rua Mariyi Pryimachenko- em Kramatorsk, Ucrânia, foi a adição mais recente ao quarteirão nos anos 80. Equipado com elevador e água quente corrente, este complexo de apartamentos exalava um nível de luxo não comumente visto em edifícios residenciais da era soviética. A primeira família mudou-se para lá em 1980. Era como um sonho se tornando realidade. Eles não poderiam ter pedido mais, pois sem dúvida era um dos melhores apartamentos da cidade. No entanto, a diversão e felicidades deles durou pouco. |
Apenas um ano depois de se mudarem para o apartamento de número 85, sua filha adolescente de 18 anos foi diagnosticada com leucemia e morreu poucos meses depois. A família mal se recuperou da tragédia quando o filho de 16 anos contraiu a mesma doença terrível e faleceu pouco depois. Isto foi seguido por outra morte: a mãe e a terceira vítima de leucemia.
As pessoas se perguntavam se o apartamento estava amaldiçoado, mas a história da doença misteriosa não atraiu um público mais amplo e os médicos atribuíram a doença à má hereditariedade. A família logo se mudou e o comitê executivo da cidade deu as chaves do apartamento para outra família.
Em 1987, a tragédia atingiu novamente os moradores. O filho adolescente morreu de leucemia e o irmão mais novo estava em estado crítico no hospital. O pai perturbado pressionou por uma investigação.
Só dois anos depois é que as autoridades se convenceram o suficiente para enviar uma equipe de investigadores com um dosímetro. Eles descobriram um alto nível de radiação no apartamento. O nível de radiação no quarto onde as crianças dormiam, em particular, estava fora dos padrões.
Os investigadores finalmente descobriram que a radiação vinha das paredes. Os moradores do prédio foram evacuados rapidamente e o parede foi derrubada. O pedaço de concreto foi enviado ao Instituto de Pesquisa Nuclear de Kiev, onde os cientistas extraíram uma pequena cápsula contendo o altamente radioativo Césio 137, do tipo usado em medidores de nível de radiação.
Pelo número de série gravado na cápsula, constatou-se que o item havia se perdido em uma pedreira de onde foi retirada a brita para a construção do apartamento. Por um terrível acaso, a cápsula misturou-se ao concreto e alojou-se no interior das paredes entre os apartamentos 85 e 52, próximo às camas das crianças, resultando em uma tragédia que levou à perda de quatro crianças e dois adultos.
Eventualmente, dezessete outras pessoas foram reconhecidas como tendo recebido doses variadas de radiação e foram tratadas adequadamente. O Edifício 7 ainda está de pé e as pessoas ainda vivem nele. O nível de radiação voltou agora aos níveis normais.
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