'Apocalipse Vegano', um curta que brinca com as escolhas alimentícias da sociedade atual

As dietas da moda não são um fenômeno novo, e com a prevalência da obesidade no Brasil alcançando mais de 55% da população, segundo o Mapa da Obesidade, não é surpresa que cerca de 22 milhões de brasileiros façam dietas malucas todos os anos. Embora muitos programas de dieta possam ser seguidos de forma saudável, as dietas da moda, que são frequentemente comercializadas como uma "solução rápida" para perda de peso, são normalmente apoiadas por poucas evidências científicas que apóiem a sua eficácia e segurança.

Algumas pesquisas até sugerem que seguir essas dietas a longo prazo pode levar a consequências negativas para a saúde. Embora os especialistas recomendem evitar a maioria das dietas restritivas, pessoas famosas não veem problema algum em apoiá-las na televisão, sem citar as desvantagens potenciais de algumas das dietas da moda mais populares.

Embora a neofobia alimentar desempenhe uma função protetora em ambientes potencialmente perigosos, ela pode ser problemática nas sociedades contemporâneas caracterizadas pela segurança alimentar porque limita a variedade de consumo. É exatamente com isso que brinca o curta-metragem "Apocalipse Vegano, que mostra um grupo de jovens cheio de manias com a alimentação.

Quem é forte o suficiente para sobreviver no mundo distópico depois que um desastre fraturou a civilização? Alguns jovens aleatórios são deixados na cidade e se unem por segurança, mesmo sem se conhecerem. Não sabemos o que causou esse apocalipse, mas depois de apenas três semanas, essas pessoas estão evitando ursos zumbis, coelhos radioativos e um bando de canibais vestidos de couro.

Algumas pessoas aparentemente cedem aos seus instintos mais básicos mais rapidamente do que outras. Duas pessoas saem em busca de comida, mas a colheita é escassa e tudo o que conseguem é um pouco de comida enlatada de posto de gasolina, mas sua conquista leva ao conflito. O que acontece quando as sensibilidades físicas e as escolhas éticas da dieta entram em conflito com o colapso da sociedade e da cadeia de abastecimento habitual?

Não é de admirar que essas pessoas sejam magras. Eles ficarão ainda mais magras, a menos que aprendam a consumir, na extrema necessidade, coisas como ração de cachorro, cobras e pudim enlatado de dez anos. Se este fosse o meu grupo de sobreviventes, eu simplesmente andaria na floresta e veria o que acontece. Talvez eu me juntasse aos canibais sexuais. Pelo menos 50% desse nome me parece atraente.