Malditos ninjas cortadores de cebola. Paul Potts, um dos grandes responsáveis pelo sucesso dos realities musicais voltou ao palco do Got Talent. Como dizem: a fama é fugaz, uma lenda é para sempre. Paul Potts tem status de lenda. Como assim? Quando o inglês subiu no palco do Got Talent britânico em 2007, ele parecia ser o cara mais medíocre do mundo, mas ele era tudo, menos comum. O homem tímido e inseguro tinha uma superpoder secreto: uma voz de embasbacar qualquer um.

São 15 milhões de visualizações somente deste vídeo do novo grande fenômeno da música mundial, o britânico Paul Potts. Nesta sua primeira audição no programa "Britain´s Got Talent" o inseguro vendedor de celulares gagueja:
- "...auto-confiança sempre foi um problema para mim..."

Eu não tive tempo nem vontade de dar uma olhada no Got Talent Brasil, afinal tudo que a Record põe a mão, consegue estragar. Mas dando uma olhada no Youtube, não vemos nenhum destaque relacionado com o programa, de forma que, ao que parece, não perdi nada. Isso é uma pena, a versão do Got Talent em outros países já nos mostrou grandes atrações como Bell Nuntrita, Connie Talbot, Michael Collings, Charlotte & Jonathan, o brasileiro Luiz Meneghin, Suzan Boyle, Paul Potts, só para citar alguns.

Em 2007 uma garota banguela de janelinha encantou o mundo no então recente lançamento de programas de calouros, em forma de reality show, Britain Got Talent, cantando a doce canção "Somewhere Over The Rainbow", do clássico Mágico de Oz, na sua audição. A coisa fofa, Connie Talbot, chegou a final, mas não levou. O prêmio maior ficou com Paul Potts, o inseguro vendedor de celular que só cantava no banheiro e se tornou um dos maiores cantores da música clássica naquela época. 11 anos depois Connie se transformou em uma moça linda e o talento não a abandonou.

Loucos para criar um novo ídolo ao estilo da desajeitada e feia Susan Boyle ou do tímido e inseguro Paul Potts, o povo inglês já tem um novo candidato: o nerd e desajeitado Michael Collings e seu agasalho laranja reviveu Fast Car de Tracy Chapman no programa de calouros Britain's Got Talent de 2011. Violão bem tocado, bem afinado, mas não sei se é para tanto frisson (coisa que os britãnicos são especialistas). Vejam e opinem:

Tornar-se um cantor de ópera não é uma coisa que a grande maioria dos vocalistas pode sequer pensar em fazer. A variada composição e sustentação de notas é algo que só uma fração de cantores profissionais são capazes de dominar verdadeiramente ao longo dos anos. Às vezes, essa enorme capacidade vem das mais surpreendentes e inesperadas pessoas, como foi o caso de Paul Potts, mas é sempre graças a anos de trabalho duro, bem como um talento natural, também.

Se há uma regra de ouro que sempre parece ser verdadeira para todos os shows de talento é que seus concorrentes nunca devem se julgados pela aparência. Do contrário o que dizer do inseguro e tímido Paul Potts? Ou então da estabanada Susan Boyle? Ainda assim, como se fosse coisa de enredo pré-demarcado (deve ser mesmo), sempre algum jurado tende a tripudiar um e outro concorrente deste tipo de programa.

O brilho de Paul Potts ano passado e agora o de Susan Boyle (tinha prometido que não ia falar mais dela, mas ficou impossível depois de ouví-la cantar "Memory" no último domingo) ofuscaram o famoso programa American Idols, ainda mais depois da versão 2009 ser vencida por Kris Allen depois de todas as expectativas apontarem o emo Adam Lambert como vencedor sem concorrentes.

Ano passado no programa da televisão britânica, Britains Got Talent, apareceu um gordinho com os dentes separados, meio cara de bobo que disse "Venho cantar ópera...". Os jurados olharam-se como que dizendo... "Mas o que este caipira acha que está fazendo?", mas o gordinho, vendedor de celulares, cantou e encantou a todos com a bela Nessun Dorma de Puccini e deixou os jurados com cara de apalermados.

Grace VanderWaal, de apenas 12 anos, deixou a todos boquiabertos no reality de talentos americano. A menina, que antes de cantar diz ao júri e ao público que os milagres existem, defende sua atuação com tanto sucesso que o botão dourado não demorou a ser acionado. Esta jovenzinha de Nova York que compõe seus próprios temas fica sem palavras quando o júri pressiona o botão que a leva diretamente à final.