Seu alimento é baseado no leite e carne de suas vacas, os cereais que cultivam e do próprio sangue das vacas que extraem espetando-as em uma veia. As vacas também são o padrão comercial. O pai, proprietário do rebanho, presenteia 30 vacas à cada filho quando se casam.
Nas numerosas famílias os mais jovens costumam ficar sem este dote e têm que recorrer a outro tipo de recursos, normalmente bastante irregulares, para conseguir seu dote. Sendo a vaca tão importante não é incomum que ali também soprem suas vaginas para aumentar a produção de leite
Em uma prática imemorial enfeitam-se, cotidianamente, com espetaculares penteados realizando também incríveis pinturas em seus corpos com pigmentos naturais extraídos de minerais e vegetais, que ademais tem uma segunda função como repelente de insetos ao misturar as tintas com cinza e urina de gado.
Suas pinturas representam desde desenhos abstratos até padrões de cores das flores que formam uma deslumbrante variedade em todo o corpo, em uma expressão cultural mais elementar para eles que a própria música ou a dança.
Consideram sua imagem como algo abstrato e pintam o corpo duas ou três vezes ao dia, como se mudassem de roupa em uma particular forma de sedução, de expressar seu estado de ânimo ou seu orgulho. As escarificações e mutilações que se infligem são também sinais de elegância, de força e de valor.
Os Surma usam discos de abóbora ou pratos de argila incrustados em seus lábios e nas orelhas, que no caso das mulheres resultará em um dote matrimonial -normalmente em cabeças de gado- diretamente proporcional ao tamanho usado.
Terminada a colheita os jovens Surma competem em lutas bastante violentas, com bastões de madeira como armas, que são conhecidas com o nome de "Donga". Com ela demonstram sua masculinidade, saldam picuinhas pessoais ou lutam para conseguir uma esposa. Os participantes competem de dois em dois e vão sendo eliminados até que só resta o vencedor do torneio. Os jovens Mursi também participam desta tradição.
É costume entre as duas tribos elaborar uma bebida alcoólica bem parecida à cerveja que é feita a base de sorgo fermentado. Falam o suri e vários dialetos, como o tirma e o chai.
A maioria dos indígenas conservam um temperamento belicoso. Lutar contra outras tribos sempre foi uma constante em toda sua história e alternam períodos de guerra com outros de paz. Se acontecem tensões muito graves, os Jalaba, conselho de homens de mas idade do povoado, são os responsáveis por tomar as decisões e ditar as leis de convivência.
Se acontecem confrontos com outras tribos, uma delegação desses mesmos idosos se reúne com a delegação da outra tribo e negociam as soluções para alcançar a paz.
A cultura milenar destes indígenas encontra-se atualmente em grave perigo já que estão sendo obrigados a renunciar, sem nenhum tipo de compensação, a suas terras no Parque Nacional do Omo, por servidores públicos do Governo segundo denúncia da ONG "Native Solutions to Conservation Refugees".
Assessorados por eles, os Mursi declararam seu território como zona comunitária de conservação começando um projeto comunitário de turismo para o qual criaram sua própria página na internet, a Mursi Community.
Por outra parte está em projeto a construção da represa
hidrelétrica Gibe III nesta zona. Uma vez terminada -está prevista sua abertura para o final deste ano- seria a maior hidrelétrica da África.
Grupos defensores do meio ambiente locais e internacionais como a organização de defesa dos povos indígenas Survival International denunciaram graves impactos negativos tanto sociais quantos ao meio ambiente e estão criticando bastante a avaliação da obra.
Stephen Corry, diretor da organização de direitos indígenas, Survival International, disse que a represa Gibe III será um desastre de proporções cataclísmicas para os povos do Vale do Omo. Sua vida e sustento serão destruídos, só alguns têm uma ideia do que lhes espera. Segundo ele, o governo violou a constituição da Etiópia e o direito internacional no processo de apropriação.
Notícias ruins à parte, fascinado pelas tradições destes povos, o fotógrafo Hans Silvester dedicou quase 6 anos para conhecê-los e refletir em seus geniais fotografias os espetaculares adornos e extraordinárias pinturas que embelezam o corpo dos indígenas com um olhar muito especial e íntimo para uma cultura que pode estar a ponto de se extinguir.
Para facilitar a integração contratou os serviços de uma guia etíope, Moulou, cujos conhecimentos e respeito pelas etnias e seus conselhos resultaram vitais. Para evitar os perigos que supõem para o homem ocidental a comida
indígena e a própria água, Moulou aconselhou Hans a contratação de um cozinheiro, que ademais serviu para estabelecer laços sociais com os indígenas com os quais iam se encontrando.
Normalmente o primeiro contato com as tribos era estabelecido ao redor de uma comida compartilhada, sentados todos no chão e utilizando as mãos e dedos como utensílios e talheres.
Hans Silvester é um fotógrafo e militante das causas relacionadas a defesa do meio ambiente nascido em Lorrach, Alemanha, em 1938. Sua ampla obra inclui o estudo de regiões de todo mundo, França, América Central, Japão, Portugal, Egito, Tunísia, Hungria, Peru, Itália e Espanha durante os anos 1960 e 1970. Mas tarde dirigiu sua atenção para os estragos da desflorestação no Amazonas.
Seu trabalho mais recente documenta a vida destes indígenas com uma obra que o artista descreve como uma imersão na vida e na tradição das tribos etíopes em um esforço para salvar tanto quanto seja possível esta arte realmente viva e sujeita a uma variação infinita, produzida por estas culturas tribais, e cujos elementos constitutivos formam um vínculo entre o homem e a natureza.
A obra de Silvester, das quais fazem parte estas fotografias que ilustram o artigo, foram exibidas em numerosas galerias de arte pelo mundo todo. Suas fotografias já foram objeto de quase 50 livros sendo o mas recente "Natural Fashion: Tribal Decoration from Africa" publicado em 2009.
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Comentários
Eita, eu nessa aldeia... ia comê tudim.
Eu fiquei completamente fascinada por esse povo, pela criatividade e foi impossível não me imaginar vivendo alguns meses entre eles só para contemplar essa beleza de perto!
Explendido! Fascinante!!! Em cada olhar tao jovem uma história vibrante e sedutora... muito triste pensar que poderão perder suas terras, sua riqueza cultural. Como estão hoje? Se a tal barragem já ficou pronta... ???
Conheço tribos yanomamis , trabalhei na saúde indígena aqui em Roraima..Para os indígenas, o importante é viver ,trabalhar e amar a natureza ACIMA DE TUDO..Aprendi muito com eles...Imagene, a natureza os enfeitam todos os dias sem ter que consumir dinheiro...
NA VERDADE CONVIVER COM ÍNDIOS FAZ A GENTE SABER O QUE SER GENTE SIGNIFICA. DIGNIDADE,MUITO TRABALHO E RESPEITO AO PRÓXIMO, VI MAIS DELES PARA NÓS DA SAÚDE DO QUE O INVERSO.
VOU SEGUÍ-LO, AMEI SEU TRABALHO.
Maravilhosos, magnífico seu trabalho...
Engraçado!
Alguns dizem que nossa cultura é superior. Mas uma vez um certo indígena argumentou que nossas mentes eram barulhentas, que estamos perdidos no tempo a correr atrás de algo que não existe, futuro. Os nativos vivem no presente, onde tudo acontece.
Os indígenas deixam claro que ao contrário de nós eles não aprendem as coisas em escolas, até por que seria impensável um pajé aprender em uma única vida tudo o que se sabe sobre as plantas da floresta, eles dizem que para saber de tais coisas eles simplesmente se conectam com Gaia(terra) e as memórias dos antepassados e tudo isso se faz presente na mente deles. Isso sim é tecnologia, a capacidade de se conectar quanticamente com a consciência de seu povo para não ter que passar mais milhares de anos a estudar plantas e sobre a natureza como nós ocidentais fazem. Nosso conhecimento está em livros e o conhecimento deles é eterno pois está em um estado quântico que pode ser acessado por aqueles que forem sensíveis o suficiente. Um dia seremos avançados como eles ao ponto de sermos capazes de nos conectar com nossa sabedoria ancestral sem precisar de internet ou de livros ou de alguém que nos ensine, a verdadeira sabedoria, a sabedoria acumulado por milhões de anos de experimentação sobre esse orbe chamado Gaia.
Impressionante!
O fotógrafo usou meninos e algumas meninas.
Qual a estimativa etária?
A estética é maravilhosa e genuína!
A sociedade capitalista não disponibiliza benesse alguma para a grande maioria. Quem diz isso não sabe nada nem de onde vive
Um por cento com metade e a outra metade dividida por NOVENTA E NOVE POR CENTO. Fracassado totalmente o capitalismo. Guerras poluição e o pior de tudo:alimenta o que é de pior da miséria humana :a espiritual .
Sempre o "homem civilizado" chega para devastar. Tudo é ganância.
Não conseguem enxergar que tudo isso é importante para eles. É a vida deles.
Não conseguem respeitar a riqueza da cultura de um povo.
Se acontecem confrontos com outras tribos, uma delegação desses mesmos idosos se reúne com a delegação da outra tribo e negociam as soluções para alcançar a paz. Isso é sabedoria.
Por ue não postaram fotos da tribo Mursi?
Aliás, nesse aspecto eu estou com o Paulo Pereiro e o Edmilson.
Que me perdoem os "Politicamente Corretos", mas eu realmente não consigo ver beleza alguma nesse povo. E digo mais, eu acho essa cultura bastante atrasada (alguns deles passam uma mistura de cinzas com urina de vaca na pele para usar como repelente), eles dormem a céu aberto, não têm uma casa para morar, não dispoem de medicina, água encanada, esgoto e outros itens básicos facilmente acessíveis a grande maioria do povo ocidental.
É muito fácil criticar a nossa civilização (ocidental), no conforto de nossas casas (como já foi dito aqui) enquanto se goza de todas as benesses que uma sociedade ocidental, livre e capitalista disponibiliza a grande maioria.
Gostaria de ver esse povo que tanto idolatra esse tipo de cultura (enquanto despreza a nossa) vivendo no meio deles por um ano, mais ou menos, sem nenhum contato com o ocidente.
Aposto meus três centavos que a grande maioria "pediria para sair" logo nas primeiras semanas.
Por outro lado, de maneira nenhuma eu defendo uma invasão feita pela nossa cultura (superior) na intenção de mudar a cultura deles.
Todo mundo tem que elogiar, ou alguém pode falar a verdade e dizer que não viu nenhuma beleza nessas pessoas?|
É de tirar o fôlego, a beleza dessa gente e a próprias fotos. Obrigada pelo momento inesquecível. Viva o humano, capaz de tanta poesia.
Claro que se trata defolclore, arte peculiar. Cultura bem diferente do ocidente, com imagens de crianças e adolescentes. Muito bonito.
Enquanto as pessoas não entenderem a diversidade quanto a particularidade de cada povo, grupo, familias e individuos.. enquanto a ditadura social, seja através da moda que dita, através de comportamentos públicos forçados, e uma série de coisas que não é dada a opção de escolher, apenas "é" assim que acontece... o homem retroage e é incapaz de ver o quanto é ignorante e o quanto ele ignora o outro que há em si. e enquanto isso acontecer, resistir! Ao menos, Eu, Lucas, resistirei e defenderei a minha diferença, para não ser forçado a ser aquilo que não sou e não me representa.
Paulo Pereiros, poderia ler algo sobre outros povos e outras culturas para ver que, mesmo tendo outros recursos técnicos, a vida não é sempre um desastre desgraçado fadado à morte e à fome para todos seres humanos que não tem os mesmos hábitos que você. É uma questão de diferentes formas de relação com o mundo. Achar que vai melhorar a vida deles "civilizando-os" é uma forma bem autoritária de se apropriar do destino de outra sociedade.
Que tal dedicar essa preocupação toda com as condições materiais pra quem não têm as mínimas e está em nossa sociedade?
“a arte é filha da liberdade e quer ser legislada pela necessidade do espírito, não pela privação da matéria”.
Friedrich Schiller (1759-18050), poeta, historiador, filósofo alemão, amigo de Goethe.
O Tiagovsky falou tudo, muito boa colocação. Acredito que para apreciar com elevação uma outra cultura deve-se primeiro amar o que somos, que é, claro, a nossa cultura, até mesmo naquilo que mais nos dói. É preciso reconhecer o outro e não enquadrá-lo, nem mesmo dizer "nossa cultura é desumana". Procurem no dicionário o que significa diversidade!
Fantástico, arte e beleza no mais alto expoente.
A única coisa que a civilização pode fazer por eles, é retirar suas belas características. O mundo que se denomina civilizado nem ao menos consegue cuidar daqueles que nasceram dentro dele.
Paulo Pereiros, você está se baseando em preceitos falidos de uma antropologia do início do século XIV. Nós certamente não conseguimos viver com eles assim como eles não conseguiriam viver em nossa sociedade e não por alguma questão física, mas cultural. Não tem conhecimento algum das relações sociais deles e de sua organização e julga que seria mais adequado que eles fossem "civilizados", como foi feito nas América, na oceania e na própria áfrica, resultando no contrário do que defende, as populações acabaram dizimadas.
Assim também como não podemos julgar a nossa própria sociedade pelos seus próprios processos, temos que reconhecer as diferenças e aprender a conviver harmoniosamente.
São os mesmos preceitos que Dgsx adota, só que em direção contrária, que exalta e trata o "outro" como o "primitivo" tradicional, puro, em sincronia...no final das contas como pensava Rousseau, todas as sociedades têm o que aprender uma com a outra para mudar a sua própria e nunca a do outro.
O erro é querer mudar o outro...
Super bonito! Uma obra de arte em cada um.
Respondendo a pergunta do Paulo Pereiros: eu não aceitava o desafio de viver "para sempre", uma temporada, uns meses existe talvez.
Muito rico!
Me lembrei do movimento naturalista de Minas, em que, inclusive, Tiradentes participou, e que pregavam a integração do homem á natureza e suas benesses. Ficaram 10 dias no mato, depois disso a teoria se mostrou fraca, na pratica.
Vai lá encarar muriçoca, vai!
"Dgsx... não há internet em casca de árvore..." 2
DGSX aceitavas o desafio de ir viver para sempre para uma dessas tribos para entrares na "sincronia da vida com a vida"?
Espero uma resposta honesta...
Claro que compreendo a beleza destes ornamentos e não andam assim tão longe dos adereços que nós usamos no dia a dia, apenas diferem nos materiais de construção. Mas o acesso a melhores condições médicas e aumento da esperança de vida é um direito que deveria ser universal...
Ou pelo menos dar essa escolha...
É muito bonito ver as cores e os ornamentos destas tribos pela internet, no teu pc, enquanto ouves uma música agradável ou lês uma SMS de um amigo ou namorada, depois levantas-te e vais à geladeira beber água fresca ou comer qualquer coisa... Voltas, sentas-te aqui novamente e dizes que o "Ocidental é realmente um vírus..."
A 31 me lembra um filme. :roll:
Legal... Gosto dessa diversidade. Só aquelas com folhas na cabeça achei hilárias...
Alguns povos não costumam sorrir nas fotos, mas lembrem-se de que esse costume é relativamente recente até para os ocidentais.
edmilson, gente ignorante que não vê a beleza do diferente chama de sem nexo. Fikdik
ainda estou procurando a beleza. incrivel, como o ser humano insiste em dizer que coisas sem nexo algum, são coisas belas.
Dgsx... não há internet em casca de árvore...
Magnífico!!! Um povo que é a própria arte, sem precisão de curso, de antropologia, a arte pela arte. Enquanto inventamos a "arte" que enfeitará as salas e salões, vejo um povo que é a arte em rotatividade. O que a semana de arte moderna tentou demonstrar aos brasileiros da época e que pouco hoje se acerca, este povo é praticamente uma amostra sua.
Fiquei bestificado.
"melhores condições de vida, apenas para se preservar a sua cultura?" Falou outro branco civilizador!! k...k...k... O teu celular, teu carro, tua roupa, etc não pagam a vida em sincronia com a vida. O Ocidental é realmente um vírus...
Magnificente sentido estético!
Realmente, isto dá que pensar... Por um lado, estas culturas devem ser preservadas, mas por outro, deveremos impedir estes seres humanos de melhores condições de vida, apenas para se preservar a sua cultura?... Eles têm mais a ganhar ou a perder com a civilização?... Desafiaria algum dos defensores destas "culturas" a passar uns meses numa destas tribos. Alguns irão dizer que nós já estaremos demasiado habituados à civilização para suportar aquele estilo de vida, mas isso é falso. Temos um corpo como eles e isso é tudo o que precisamos para sobreviver da mesma forma. O que nos faria a vida num inferno é a falta de condições que temos como garantidas, como a água corrente, a electricidade e tudo o que ela implica, os cuidados de saúde (uma simples aspirina!!), o acesso a comida mais ou menos variada, uma cama e um tecto, enfim, tudo aquilo que nos aumenta a esperança de vida e nos traz algum conforto no fim de cada dia...
Se por um lado deveremos preservar traços culturais e religiosos de povos ancestrais, não podemos confundi-los com animais numa reserva onde os "civilizados" possam fazer safaris e visitas nas férias...
Apesar dos evidentes problemas que a civilização nos traz, aposto que ninguém queria ir viver para uma destas tribos, por isso, algumas vantagens a vida moderna deve ter... E é por isso que acho que estes seres humanos devem ter a oportunidade de conhecer a civilização e optar pelo estilo de vida que lhes seja mais cómodo. Há pessoas nestas tribos cujo único trabalho é levantar-se com o nascer do sol, percorrer quilómetros e quilómetros para ir buscar água para a família, descalço ou mal calçado e regressar à noitinha, e isto durante anos a fio até aos 30 ou 30 e poucos anos que é a sua esperança de vida...
Não sei se isso é de preservar...
Estas pessoas merecem o acesso a medicamentos, cuidados médicos, água e comida conseguidas com menos esforço e um aumento da sua esperança de vida...
Eu se vivesse numa destas tribos, agradeceria que me apresentassem à civilização...
Isso foi bom.
É meio conflituoso. Eu não entendo muito bem porque a sociedade ocidental é tão preocupada em tentar salvar culturas que eles mesmo dominam. Mas o conflito: Um povo antigo ou condições ruins a um povo que já está no sofrendo (Sem usinas de produção de energia ou produção insuficiente -> sem energia -> sem desenvolvimento -> sem medicina, educação, qualidade de vida -> morte e doenças)... é um caso mais critico que o do Brasil (querem dar 25% das terras Brasileiras aos indígenas... quem olha acha que eles venceram os europeus durante a dominação). É "politicamente correto" e bonitinho ficar ao lado de minorias... mas todos sabemos que no mundo que criamos para nós não há lugar para eles. Ameríndios, nativos africanos.... todos estão ao fim. Por que se negar como humano, afinal, na humanidade (e na natureza) o mais forte domina o mais fraco e foi tentar fugir desta regra que nos levou a imperfeições. Eu não digo para ir matando minorias ou coisa do tipo, nunca se fez isso, os anciões podem escolher morrer como cresceram mas os filhos deles aceitam a nossa cultura e é assim que um povo morre.
São palavras duras? Sim, são, mas alguém tem que dizê-las. Deixem-nos pedir aos deuses deles, ou devemos roubar isto deles também? Devemos roubar o lugar dos deuses deles e tornar nós mesmo os deuses deles? É algo inevitável, quando um ser mais fraco tem contato com um mais forte, hora ou outra o mais fraco perde... ou na melhor das ideias, o ser mais fraco é absorvido pelo mais forte.
Seja humano, aceite a natureza. Se for contra ela só causará mais problemas. Até porque não dá para ir contra ela. O que fazemos é natural e as anomalias são apenas pessoas que querem ir contra, porque humanos tentam dizer que são algo não natural. Se podemos voar em um avião é porque as leis físicas, algo natural, permitem. Se podemos curar doenças é porque corpos permitem isto.
Se uma cultura tem que morrer para que outra sobreviva, assim será. Mas quem decide quem deve sobreviver ou morrer? Bem, é dado a ambos o direito de lutar mas a vitória tem que ser conquistada. Eles estão lutado para não ter sua cultura morta, mas se eles vão vencer ou perder depende do esforço. Que consigam aliados, que chamem qualquer orgão.. é parte da luta, o problema é quando começam a declarar que eles não vão lutar e exigir a vitória.
Escolha seu lado, use suas armas, faça seus movimentos. Mas lute e tente vencer por seus méritos.
(Estou tão calmo e de mente aberta que parece que fumei alguma droga)
Gostei muito das fotos. Esse é o tipo de cultura que não deveria se perder.
Uma pena! Culturas milenares morrendo e subculturas e modinhas alternativas crescendo qeu nem fermento de pão. :fool:
Gostei muito do post, achei muito interessante.as fotos estão muito boas. Acho que as culturas africanas me chamam muito a atenção visualmente. Na verdade, qualquer cultura me chama atenção visualmente.