Sinto-me mais feminina e sexy barbuda, diz mulher (21 fotos)

Harnaam Kaur, uma professora de 23 anos de Berkshire (Reino Unido), padece da síndrome do ovário policístico, e, por isso, seus desequilíbrios hormonais resultam em um excessivo crescimento dos pelos faciais. Esta mulher vem sendo objeto de escárnio e deboche desde que aos 11 anos começou a aparecer os primeiros fios em seu queixo, mas agora, com 23, decidiu deixar de se barbear depois de se converter ao sikhismo, religião que proíbe cortar o pelo corporal.

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Durante sua adolescência, os pelos começaram a expandir-se rapidamente pelo peito e braços, o que lhe converteu em objeto de fácil debocha entre os colegas de colégio e nas ruas, inclusive recebeu ameaças de morte por parte de usuários anônimos da internet, segundo ela conta.

Depois de adotar o sikhismo, Harnaam afirma que não voltaria atrás e apararia sua barba porque essa é a forma que deus a criou:

- "Estou feliz como sou. Sinto-me mais feminina e mais sexy, aprendi a gostar de mim pelo que eu sou e nada pode me derrubar".

Há anos, a jovem vinha se depilando com cera duas vezes à semana, e inclusive tratou de descolorir e fazer a barba, mas as tentativas frustradas só fizeram com que os pelos crescessem mais fortes e espessos. Isto provocou-lhe graves desequilíbrios mentais, a tal ponto que começou a se auto-lesionar e chegou mesmo a se propor o suicídio.

- "Acossavam-me muito duramente, na escola chamavam-me de 'barbudona' e 'marimacho', agora dou risada de todo aquilo, mas naquela época fiquei muito afetada", conta Harnaam.

- "Não queria sair de casa porque não podia aguentar os olhares curiosos dos desconhecidos, de modo que me trancava em casa e não queria viver mais".

Mas a decisão de converter-se ao sikhismo foi algo que causou grande controvérsia em sua família. A própria jovem assegura que seus pais não queriam que se convertesse, já que pensavam que não pudesse levar uma vida normal se tivesse barba.

- "Eles ficaram preocupado que eu não me pudesse casar e nem conseguir trabalho, mas queria tomar minhas próprias decisões e viver por mim mesma, não por outros. Já tinha me escondido suficiente". Finalmente seus pais aceitaram a decisão de Harnaam, e inclusive seu irmão menor, Gurdeep Singh, de 18 anos, é a pessoa que lhe dá mais apoio.

Mas a jovem conseguiu encontrar trabalho como professora em uma escola sikhista local, algo que incrementou consideravelmente sua confiança.

Harnaam Kaur deseja converter em um exemplo a seguir para outras mulheres que padeçam uma doença como a sua, e se dedica a enviar vídeos às redes sociais nos quais ensina como ganhar confiança própria.

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Fonte: Daily Mail.