- "Depois de meses de pesquisa, minha família e eu chegamos a uma conclusão dolorosa. Não existe um tratamento que possa salvar minha vida e os tratamentos recomendados destruiriam o tempo que me resta", disse Brittany em um comunicado.
- "Dado que o resto de meu corpo é jovem e saudável, tenho possibilidades físicas de resistir por muito tempo, ainda que o câncer esteja comendo minha mente."
Brittany e seu marido começaram a pesquisar sobre alternativas de eutanásia e morte com dignidade. Foi assim que decidiram se mudar de San Francisco, na Califórnia, para o estado do Oregon, um dos cinco estados americanos que adotaram legalmente a morte digna. Desde 1997, 750 pessoas recebido medicamentos prescritos para terminar com sua vida.
- "Toda minha família passou por um ciclo devastador. Sou filha única. Para minha mãe é realmente difícil e para meu esposo também, mas todos me apoiaram porque estiveram antes em quartos de hospital e escutaram o que poderia me ocorrer".
Perante a iminente morte, Brittany não quer sofrer e espera que um medicamento, que obteve com receita médica, lhe permita terminar a vida com dignidade.
- "Irei morrer no andar de cima, no quarto que divido com o meu marido, com ele e minha mãe ao meu lado, e falecer pacificamente com a música que eu gosto no fundo", afirmou em um vídeo onde explica a opção. No entanto, a jovem não se identifica como "suicida":
- "Tomei os medicamentos por semanas. Não sou suicida. Se fosse, já teria feito há muito tempo. Não quero morrer. Mas estou morrendo. E desejo morrer em meus próprios termos".
A questão relacionada à dignidade fez com que ela se juntasse à "Compassion & Choices" ("Compaixão e Escolhas"), um grupo que luta pela descriminalização da eutanásia. Tendo apenas algumas semanas de vida, ela aceitou ser a protagonista de uma campanha pelo direito ao suicídio assistido para pacientes em estado terminal.
Dentro das lutas sociais e nas discussões sobre o tipo de direitos que nossa sociedade precisa desesperadamente, o direito à morte digna costuma ser um dos menos mencionados, talvez porque preferimos não pensar na morte em vez de enfrentá-la com responsabilidade.
Talvez achemos que a morte seja simplesmente perder o corpo, mas sem se importar para onde vamos ou o que vai ocorrer depois; enfrentar esse momento foi sempre a atitude filosófica por excelência, assim como um importante centro de debates entre disciplinas espirituais. Seja como for... um dia todos morreremos, isso é inevitável; mas enquanto estamos morrendo, podemos colocar na balança se importa mais a vida do que a morte. E ao escolher a morte, de algum modo, Brittany escolheu a vida, por mais alguns breves momentos.
Fonte: Telegraph.
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Comentários
Se eu morrer um dia, vai ser como eu quero.
Sylvinha, muitos blogs copiam o MDig. Basta ficar de olho no Ocioso.com.br, volta e meia os textos do MDig aparecem por lá, em outros blogs. :evil:
O insonia copiou este artigo letra por letra, vírgula por virgula. Já viu admin?
Ela não escolheu essa doença, também não considero suicídio... Apenas quiz morrer do jeito dela, melhor que em uma cama de hospital, afinal morreria do mesmo jeito, sua sentença já estava dada só escolheu como morrer, com as pessoas que ama, o lugar e a musica que mais gosta, história triste porém todo mundo manda no seu próprio corpo e se você vai morrer mesmo deveria poder decidir como e onde, o termo "doença terminal" já descreve, você já está morrendo, o mínimo que lhe cabe seria realmente uma morte digna ao lado de quem ama. E falaram de aborto aí, sou contra, é diferente porque você está matando outra pessoa que teria toda uma vida pela frente, neste caso uma pessoa está morrendo, está com uma doença terminal com os dias contados, é morrer ou morrer, a única diferença é como ela dicidiu morrer que foi ao lado de quem ama.De quelquer forma a morte é muito triste.
A morte é assustadora.
Principalmente em se tratando de alguém tão jovem.
Pobre Brittany, querendo enganar a morte com um suicídio que, eufemisticamente julgou e disse, ser apenas "simples questão de opinião e decisão própria.Nenhuma mulher pode estar ligeiramente grávida e ninguém pode dizer que tirando a vida como ele fez, não é um suicídio.
Acho que foi o desespero da doença que a fez ficar assim, pois só quem tem esta maldita doença, sabe como é e trabalha na mente de quem infelizmente dela é vítima.
Nos ensinaram que devemos lutar (acho que cabe aqui dizer que isso vale enquanto acreditamos) até o fim.
Tomar uma decisão assim também denota coragem. Vi por 14 anos um sofrimento sem que parecia não ter fim e quando ocorreu até ele se sentiu aliviado.
Deus me livre da morte de palha.