Ao longo da história o ser humano passou pela escassez de muitas coisas, como o petróleo, a borracha, o café, os remédios, alimentos, etc. No entanto, uma das carências mais curiosas e estranhas que ocorreu há alguns anos foi a escassez de papel higiênico. Um fato que somente ocorreu por causa de uma brincadeira infeliz de um apresentador de televisão.

Poucas vezes a humanidade esteve tão próxima de ser varrida da terra como a manhã de 26 de setembro de 1983. Nesse dia, um satélite do sistema de defesa soviético informou que mísseis estadunidenses haviam sido lançados contra a URSS. Stanislav Petrov, o militar responsável pelo bunker Serpujov-15, de onde monitoravam o satélite teve a coragem de desafiar a férrea formação imposta pelo exército russo, decidindo ignorar a advertência. De outra maneira, o mundo que conhecemos não existiria, ali poderia ter sido desencadeado um evento que teria exterminado a vida sobre o planeta. Esta é a sua história:

Em certas ocasiões a solução a nossos problemas surge de repente, após ir ali dar uma volta na esquina. Pois algo assim foi o que deve ter passado pela cabeça de um tal G. B. Blonsky e a sua irmã Charlotte, dois nova-iorquinos preocupados com as dificuldades que as parturientes atravessavam à hora de dar a luz. Por não falar no cansaço das parteiras pressionando sobre o abdômen da futura mamãe para ir dirigindo o bebê para a luz.

Antes de ser apresentado a Carl Sagan, minha referência da ciência da evolução e/ou do ceticismo era, pasmem, um padre muito "gente fina" que foi meu professor de Ciência e Português no segundo grau. Durante a semana ele falava com a maior desenvoltura sobre a evolução das espécies; nos finais de semana, com paramentas do sacerdócio, falava do pecado original no Jardim do Éden, quando Eva foi instigada pela cobra a provar do fruto proibido. Ele fazia isso de uma forma tão natural que demorei a perceber que Evolucionismo e Gênesis não combinam entre si.

Para quem acredita que a miguxez é um fenômeno recente, está redondamente enganado. O socialeto que alterna minúsculas e maiúsculas em um idioma indecifrável comumento utilizado por um bando de retardados teve origem em Timothy Dexter (1748 ? 1806), um excêntrico homem de negócios estadunidense que tinha mais sorte que juízo e inteligência e que fez fortuna realizando negócios impensáveis.

Me desculpe a palavra chula, mas ela se encaixa perfeitamente nesta história que começa nos meados do século XIX com o o uso do guano (esterco de aves marinhas) que começou a ser utilizado como fertilizante para enriquecer as pobres áreas agrícolas da velha Europa. Sua "coleta" era feita, quase que exclusivamente, nas Ilhas Chincha, no Peru. Uma zona do Pacífico grandemente povoada de produtores de guano (gaivotas, pelicanos...) que durante anos foi se acumulando na superfície insular (vários metros de espessura).

Com os olhos esbugalhados possivelmente ficaram os assistentes à conferência do Dr. Marcet na Sociedade Médica e Cirúrgica de Londres àquele 19 de março de 1822. O Dr. Alexander John Gaspard Marcet apresentou à audiência um trabalho intitulado "Informe de um Homem que viveu dez anos depois de ter engolido vários canivetes com uma descrição dos aspectos do corpo após a morte".

A ambição e a vingança desmedida podem ser levadas a tal extremo de causarem estupidezes como, por exemplo, exumar um cadáver para ser julgado. O Papa Formoso I sofreu em sua própria carne, melhor dizendo, em seus próprios ossos e os restos de seu putrefato corpo, esta bizarrice no final do século IX.

Depois da morte de Maomé, iniciou-se o período dos Califas Perfeitos -chamados assim porque eram familiares ou amigos íntimos do profeta-. Estes primeiros califas eram quatro: Abu-Bakr, Omar, Otmán e Ali. O segundo deles, Omar, conquistou e islamizou a Síria, Pérsia, Palestina e Egito. No ano 644 tomou a Alexandria, na qual se encontrava a Grande Biblioteca de Ptolomeu⁽¹⁾ composta por milhares de lendários papiros. Ante aquele tesouro e sobre o que fazer com ele, Omar, com uma lógica pateticamente religiosa, disse:

Incrivelmente, o primeiro utensílio acoplado em frente aos olhos para protegê-los dos raios do sol remonta à pré-história. Eram feitos de madeira, osso ou marfim e nem sequer usavam vidros (lógico), mas ainda assim são consideradas os primeiras óculos de sol usado pelo homem. Simples e funcionais, sua invenção é devida ao talento de um povo que sobrevive a um dos climas mais extremos do planeta: os Esquimós.

Falamos de Étienne Bottineau que depois de trabalhar vários anos como marinheiro mercante, decidiu alistar-se na Marinha francesa para, em seus momentos de folga, pesquisar uma teoria que rondava sua cabeça. Segundo Bottineau, um barco que se aproxima de terra produz um efeito visível na atmosfera que poderia ser visto por um olho experiente como forma de predizer a chegada de um navio antes que seja visível no horizonte. Batizou este dom, ainda que ele chamava de pesquisa científica, como Nauscopia.

Esta foto feita em 2 de agosto de 1914 em Munique, que mostra um jovem Adolf Hitler de 25 anos em uma manifestação de apoio à Primeira Guerra Mundial, poderia ser uma falsificação. Recentemente o historiador Gerd Krumeich da Universidade de Düsseldorf encontrou entre os arquivos do fotógrafo pessoal de Hitler, Heinrich Hoffmann, outra variante da mesma imagem na qual o cabelo de Hitler está diferente. A mecha sobre a testa aparece e desaparece por arte de magia.