O Parque dos Monstros, ou "Parco dei Mostri", no Jardim de Bomarzo, na província italiana de Viterbo, não era para ser bonito. Encomendado em 1552 pelo príncipe Pier Francesco Orsini, era uma expressão de dor destinada a chocar as pessoas. O príncipe, também conhecido como Vicino, acabara de passar por uma guerra brutal, onde viu o melhor amigo morrer, foi mantido em cativeiro por anos e voltou para casa apenas para ver sua amada esposa morta. Atormentado pela dor, o príncipe queria criar uma chocante "vila dos horrores".

Na era das redes sociais, alguns talentos se destacam de maneira surpreendente, e Li Jiayue, um artista excepcionalmente talentoso da província chinesa de Sichuan, é um desses casos. Ele é especialista em complexas ilusões de ótica tridimensionais que parecem desaparecer no ambiente, cativando os espectadores com sua capacidade de transformar objetos comuns, como postes de luz, troncos de árvores e até grandes edifícios, em extensões de seus cenários. Li ganhou notoriedade no Douyin, o equivalente ao TikTok na China, onde suas criações chamaram a atenção de milhões de pessoas.

Uma perturbação bem-vinda para o apocalipse, os jardins zen padronizados compostos por Yuki Kawae são um antídoto para as ansiedades aparentemente intermináveis de hoje. O designer registra imagens meditativas de dentes largos e ancinhos densos que raspam em leitos de areia branca, criando laços, fractais e outras formas orgânicas que se cruzam. Cada clipe é uma evidência da mão firme de Kawae e sua tendência à precisão enquanto ara meticulosamente os grãos lisos para formar linhas limpas e hipnotizantes.

Depois de fazer um relativo sucesso na internet, com vídeos publicados no Youtube, o mundo conheceu Kseniya Oleksandrivna Paskar, mais conhecida como Ksenia Simonova, quando ela venceu o Got Talent da Ucrânia em 2009 com sua mesa de luz, uma arte até então só dominada pela artista israelense Ilana Yahav. Em 2019, Simon Cowell convidou-a para participar das versões comemorativas dos campeões do programa no mundo inteiro, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos. Kseniya voltou a receber o botão dourado nas duas edições.

Em 2003, a Disney lançou um curta-metragem de animação de seis minutos chamado "Destino", finalmente encerrando um projeto que começou 57 anos antes. A história de "Destino" remonta a 1946, quando dois ícones culturais muito diferentes, Walt Disney e Salvador Dalí, decidiram trabalhar juntos em um desenho animado. O filme foi criado por Dalí e John Hench, um artista do estúdio Disney, ao longo de oito meses. Mas então, abruptamente, o projeto foi arquivado quando a Disney teve problemas financeiros.

Neste post temos o prazer de mostrar um vídeo do trabalho de um dos melhores artesãos ferreiros que a história já conheceu. Seu nome é Paul Zimmermann e, ainda que hoje esteja aposentado, é o ferreiro que desenvolveu o trabalho da forja contemporânea. Ademais, Zimmermann foi um dos primeiros ferreiros alemães em avançar para formas inovadoras e contemporâneas da profissão. De fato, suas criações, além de proporcionarem numerosos prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, agora fazem parte do ensino do desenho de ferraria na Alemanha.

O artista japonês Yoneji Inamura passou seis anos de sua vida colecionando 20.000 besouros de diferentes variedades e usando-os para criar uma escultura de cinco metros de uma deidade budista popular. Não está claro como e quando exatamente Inamura começou a coletar besouros. Algumas fontes afirmam que foi quando trabalhava na ferrovia local, em Itakura, Prefeitura de Gunma, depois de perceber que o corno do besouro-rinoceronte parecia com os dedos da deidade, enquanto outros dizem que ele estava ajudando crianças a coletar besouros e ficou fascinados com eles.

Por razões óbvias, a maioria da arte produzida sob regimes opressivos parece meticulosamente inofensiva. Por razões igualmente óbvias, as raras obras que criticam o regime tendem a fazê-lo de forma bastante oblíqua. Este não foi tanto o caso de "The Hand", o curta mais famoso do artista e animador stop-motion tcheco Jirí Trnka, conhecido como o "Walt Disney da Europa Oriental". Em seu conflito central entre um humilde arlequim que só quer esculpir vasos de flores e uma mão gigante e invasiva enluvada que o força a fazer representações de si mesma.

Localizado em uma loja de doces de Tóquio chamada Ameshin, o artesão de doces Shinri Tezuka fabrica alguns dos pirulitos mais incomuns de peixinhos dourados a ouriços espinhosos. O doce translúcido parece ter mais em comum com a fabricação de vidro do que o design de confeitaria, e talvez não seja nenhuma surpresa que o processo de trabalhar com o caramelo açúcar derretido (mizuame) compartilhe ferramentas semelhantes, na arte japonesa tradicional chamada Amezaiku. Alguns artistas de amezaiku também são artistas de rua que realizam truques de mágica e contam histórias junto com seu artesanato de doces.

Enquanto a maioria das pessoas que visitam um ferro-velho só conseguem ver um amontoado de lixo metálico, o artista da reciclagem Matt Wilson vê toda uma matéria prima para seu potencial artístico. O talentoso escultor transforma sucata, madeira à deriva e quaisquer objetos encontrados em magníficas esculturas de pássaros que parecem querer cobrar vida e alçar voo. Matt diz que seu trabalho é um reflexo do ambiente em que ele mora, um estaleiro, permitindo um ciclo de vida mais longo aos materiais descartados.

Nos últimos anos acompanhamos casos de verdadeiros sacrilégios nas restaurações de obras de arte sacras, sobretudo na Espanha, quase todos cometidos por pessoas que não tinham um pingo de conhecimento sobre arte. O trabalho de restaurador não é nada fácil: um movimento equivocado e a obra pode perder todo o seu valor para sempre. Por certo, o restaurador deve estar a par com o talento do próprio artista e as vezes até mais porque ele não somente deve tentar manter as características da obra como também recuperar suas partes avariadas, como você poderá ver no vídeo que ilustra este post.

Por 25 anos, o diretor de arte e artista húngaro Peter Szucsy preencheu seus dias interpretando feras bizarras e sinistras que correm desenfreadamente nos videogames. De fato, ele criou muitas criaturas e monstros do mundo virtual, mas um par de anos atrás ele sentiu que era hora de criar algo diferente. Foi entãoque deixou um pouco seu computador de lado e decidiu dar vida no mundo real de algumas de suas ideias. O resultado é um curioso zoológico de aranhas steampunk que o artista de Budapeste monta com peças de relógios, câmeras e equipamentos médicos antigos.