A história de duas mulheres desaparecidas cujos cadáveres foram encontrados após 40 anos

As adolescentes Cheryl Miller e Pamella Jackson deveriam participar de uma festa ao ar livre, de fim de ano letivo, perto de sua cidade natal em Dakota do Sul em maio de 1971. Mas nunca conseguiram. Por décadas, o mistério do desaparecimento das jovens assombrou sua comunidade. Décadas depois, em setembro de 2013, as famílias de Cheryl e Pamella finalmente conseguiram uma resposta. A seca causou a queda dos níveis de água na região. O nível da água em um riacho próximo ficou baixo o suficiente para revelar um velho Studebaker, de rodas para cima na água rasa.

Logo ficou claro que os restos mortais de Cheryl e Pamella estavam no carro; os investigadores encontraram a bolsa de Cheryl, que estava intacta, contendo sua carteira de motorista com uma fotografia sorridente, moedas, algumas cartas de amigos e outros itens, todos em condições relativamente boas por estarem submersos por tanto tempo. Esses pertences e DNA foram usados para identificar os restos mortais.

Colegas de classe que viram os adolescentes antes de desaparecerem e outras evidências indicaram que eles não estavam bebendo. E os testes mecânicos no carro não sugeriram nenhum problema. O interruptor do farol no painel estava ligado. O carro estava em alta velocidade e as duas garotas foram encontradas no banco da frente. Esses fatores apontam para um acidente.

A descoberta ajudou as autoridades a determinar que foi um incidente trágico. De alguma forma, a motorista perdeu o controle do veículo enquanto se dirigiam para a festa, e o Studebaker acabou no riacho, prendendo as jovens dentro.

A falecida mãe de Pamella, Adele, disse às pessoas que a perda de uma filha foi especialmente difícil para seu marido, Oscar.

- "Ela disse que quase todas as noites depois do jantar, ele saía dirigindo pelo campo procurando aquele Studebaker", disse Paul Buum, editor de um jornal local.

Oscar Jackson morreu aos 102 anos, cinco dias antes do carro ser encontrado. Um obituário observou que o desaparecimento de sua filha era sua "maior tristeza".