Só há uma coisa mais asquerosa do que encontrar uma barata morta debaixo de um móvel, encontrá-la viva... e que saia voando (aquele momento que qualquer um aprende karatê). Na muito provável possibilidade de que você já tenha vivenciado o primeiro caso, geralmente dentro de casa, talvez tenha se perguntado alguma vez por que diabos elas sempre aparecem mortas com as patinhas para o ar. Resulta que há uma explicação para isso, e tem a ver com os costume que os seres humanos têm de fazer solos planos e polidos e depois aspergi-los com abundante inseticida. |
Na natureza os corpos de baratas não duram muito tempo. Há toda uma legião de pequenos carniceiros que dão boa conta desse aperitivo inesperado.
As baratas têm um centro de gravidade relativamente alto para seu tamanho, e seu lombo é curvado. Ambos detalhes anatômicos fazem com que seja muito complicado que consiga se virar quando algo as empurra ou caem de barriga para cima. No meio natural, o terreno é irregular e sempre há pequenos ramos ou vegetação onde podem se apoiar para voltar a posição original. Em um piso fabricado pelo homem não há pontos de apoio.
Mas como chegam as baratas a ficar de pernas para o ar em primeiro lugar? A resposta está no que as matou. Na natureza o normal é que os insetos sejam vítimas de outro predadores, se afoguem ou morram de alguma enfermidade. Em meios domésticos, a maior parte das vezes a morte chega por envenenamento.
Os inseticidas mais comuns são neurotoxinas compostas de substâncias inibidoras da colinesterase. Em circunstâncias normais, esta enzima encarrega-se de decompor um neurotransmissor natural chamado acetilcolina. Sem nada para eliminá-la do organismo, a acetilcolina se acumula no sistema nervoso com efeitos devastadores.
No caso das baratas, provoca violentos espasmos musculares no abdômen e nas patas, que normalmente fazem com que acabem com as patas para o ar. Uma vez nesta posição, o piso liso e a falta de coordenação motora provocada pelo veneno resultam no inseto preso nessa posição até a morte certa.
Fonte: NY Times.
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