Alba, a única orangotanga albina já registrado, vive agora livremente na selva de Bornéu depois de passar boa parte de sua vida em cativeiro. O impressionante primata |
No entanto, graças aos cuidados intensivos prestados por um grupo de cuidadores de orangotangos no Centro de Reabilitação de Orangotangos Nyaru Menteng, Alba se recuperou e engordou 20kg. Ali ela conheceu outra fêmea resgatada chamada Kika, que como Alba, também exibia comportamentos selvagens naturais.
Alba não é raríssima apenas pela condição do albinismo, ela também manifesta uma variação genética que a torna parte de um grupo invulgar de primatas. Como os humanos, ela tem uma esclerótica branca, o que nós chamamos de "branco do olho", o que lhe confere um estranho olhar humano.
Alba foi mantida mais tempo do que o habitual no centro pois não estavam certos que ela poderia sobreviver na natureza por seu albinismo, devido a baixa visão, pouca audição e predisposição ao câncer de pele. Ademais a equipe pensou que, devido a sua aparência incomum, era possível que outros orangotangos não a aceitassem. As orangotangas vivem frequentemente perto de seus parentes e mantêm relações com indivíduos em áreas de vizinhança.
Mas ela se mostrou uma valente e sem complexo de inferioridade como os veterinários imaginaram antes. Ela, em verdade, se mostrou muito confiante em comparação com outros orangotangos. Nesse caso, então, a verdadeira ameaça para ela vinha dos humanos, com a caça furtiva, onde essa condição muito especial faz dela um alvo fácil.
No final de 2018, finalmente chegou a hora de Alba e Kika retornarem à floresta. Ambas foram levadas para uma reserva de 1.810 quilômetros quadrados na extremidade sudoeste da cordilheira de Schwaner, em Bornéu, onde foram liberadas na floresta. Kika foi solta primeiro, assim que a gaiola foi aberta ela correu, subiu rapidamente às árvores e sumiu: - "Fui!". Já Alba levou alguns segundos antes de inspecionar os arredores e finalmente entrar na mata para se juntar a sua companheira.
Hoje, as equipes de campo da fundação que resgatou o animal, acompanham -não muito de perto, para evitar estressar- Alba e suas 5 vizinhas para se certificarem de que estão todas bem. Devido a cor de sua pelagem, não é muito difícil encontrar Alba, mas Kika não quer nem saber de humanos e só é identificada através de seu rastreador, via rádio.
Segundo o diretor do Centro de Reabilitação Nyaru Menteng todas as orangotangas se adaptaram muito bem a sua nova casa na selva. Alba também acabou fazendo uma amizade especial com uma orangotanga jovem chamada Hanna, que concidentemente era seu nome quando ela vivia negligenciada dentro de uma gaiola na vila.
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