O peripatoide parece uma dessas criaturas criada pela mãe-natureza quando ela estava de muito mau-humor. Ele é um gênero de vermes-de-veludo cujas 3 espécies só podem ser encontradas apenas na Nova Zelândia. Embora sejam quase cegos, esses animais são caçadores noturnos que cospem cola para capturar suas presas. Sim, este verme bizarro atira dois jatos de uma gosma pegajosa a trinta centímetros de seu corpo para prender sua presa, antes de liquefazer seu interior com saliva tóxica: milk-shake de pequenos besouros e pirilampos. |
Espécies de peripatoides têm 14, 15 ou 16 pares de pernas. As fêmeas produzem óvulos que são fertilizados internamente e os bebês se desenvolvem dentro das mães até ficarem grandes o suficiente para nascer, em lotes de 4-6, como miniaturas incolores dos pais. Não há registro de cuidados parentais após o nascimento dos filhotes, e as fêmeas podem até comer sua própria prole.
Os vermes-de-veludo fazem transferência dérmica-hemocélica de esperma, o que significa que o esperma dissolve buracos na pele da fêmea para entrar em qualquer lugar na parede do seu corpo (hemolinfa).
Os peripatoides tem uma aparência aveludada -daí o nome comum deste grupo-. Isso se deve às muitas papilas minúsculas presentes na superfície da pele, que também possuem cerdas finas. Sua cabeça possui duas grandes antenas, e também um conjunto de pequenas papilas orais que secretam os jatos de um muco paralisante usado para perseguir e caçar presas.
Eles crescem continuamente, e por isso devem passar por ecídise (muda) a cada poucas semanas para permitir isso. As muitas pernas caminhando em coordenação podem percorrer uma distância de 200 milímetros em cerca de um minuto. São lentos em comparação com espécies similares.
Os vermes-de-veludo têm olhos simples, no entanto, são principalmente apenas para detectar luz em vez de detalhes, de fato, são usados principalmente para determinar se é noite ou dia, permitindo que saia à noite para evitar a dessecação. Eles respiram por pequenos poros nas laterais, chamados espiráculos, que geralmente podem ser abertos e fechados em resposta ao ambiente dentro e fora do organismo.
O habitat principal é dentro e sob troncos, sob pedras e na serapilheira, pois são locais úmidos, ideais para criaturas que não conseguem controlar a perda de umidade. Por isso também são noturnos, novamente para reduzir a perda de fluídos. Além de pequenos besouros, eles consomem outros invertebrados, como larvas, aranhas, isópodes e outros insetos.
Após a muda, eles também consomem sua própria pele para reduzir o desperdício de nutrientes. O muco pegajoso também pode ser usado contra predadores, geralmente pássaros, ratos e similares.
Esta espécie está listada como Vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. Acredita-se que esteja ameaçada principalmente pela destruição do habitat, desmatamento, remoção de troncos e rochas em que vivem, ou outros eventos, como incêndios ou coleta excessiva de espécies, principalmente fêmeas adultas.
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