Pesquisadores encontram o menor filhote animal e ficam surpresos ao perceber que há mais

Recentemente, pesquisadores da organização Conservação da Vida Selvagem Australiana estavam verificando alguns dos ninhos de animais no santuário North Head, esperando que alguém estivesse lá dentro. Eles se aproximaram de uma das caixas e ficaram surpresos ao encontrar um bichinho, menor que um dedo mindinho, que pesava apenas 7 gramas. O bichinho era um filhote de gambá-pigmeu oriental (Cercartetus nanus), o menor gambá do mundo. Encontrá-lo foi uma ótima notícia, mostrando que as populações de gambás no santuário estavam melhorando.

Se esse gambá estava ali, significava que havia muitos mais o que comprova que a fauna está se recuperando após a terrível temporada de incêndios na Austrália de 2019–2020, que afetou ao menos 3 bilhões de animais.

- "É sempre uma boa surpresa encontrar uma mãe em casa com novos filhotes durante nossas verificações de caixas de nidificação", disse Viyanna Leo, pesquisadora da entidade, explicando que os gambás-pigmeus-orientais no santuário - "...são uma população reintroduzida, portanto, encontrar juvenis novos e saudáveis é um sinal positivo de que os indivíduos estão se reproduzindo alegremente e aumentando a população."

A Conservação tem a missão de restaurar as espécies nativas de mamíferos nesta parte da Austrália e, ao fazê-lo, melhorar o ecossistema.

Os gambás-pigmeus-orientais são animais noturnos. Por serem tão pequenos e raramente saírem durante o dia, é muito surpreendente ver um. Durante os meses mais frios, os pesquisadores podem segurar os gambás sonolentos durante as verificações de rotina.

- "Muitas vezes você pode removê-los dos ninhos e eles continuarão dormindo em sua mão", disse Viyanna.

Este bebê viverá com sua mãe em seu ninho por mais algum tempo antes de se tornar totalmente independente e partir por conta própria. À medida que as populações de gambás continuam a crescer e prosperar, fica claro que o carinha tem um futuro brilhante.

O gambá-pigmeu-oriental é um alpinista ativo. Ele usa sua língua com ponta de pincel para se alimentar de néctar e pólen, especialmente das espécies banksia, eucalipto e penacheiro. Ele também se alimenta de insetos e come frutas macias quando as flores não estão disponíveis. É um animal amplamente solitário, abrigando-se em ocos e tocos de árvores, ninhos de pássaros abandonados e matagais. Durante o inverno passa um tempo em torpor.

Eles são noturnos e, embora geralmente considerados solitários, compartilham ninhos comunais e são vistos em grupos de dois ou mais indivíduos adultos. Os machos ocupam áreas residenciais de 0,24 a 1,7 hectares, que se sobrepõem umas às outras e às faixas menores de 0,18 a 0,61 hectares das fêmeas.

Os gambás-pigmeus geralmente se reproduzem duas vezes por ano, embora possam se reproduzir uma terceira vez se a comida for abundante. As fêmeas têm uma bolsa bem desenvolvida com quatro a seis tetas e geralmente dão à luz quatro filhotes do tamanho de um grão de feijão, embora ninhadas maiores não sejam incomuns. A gestação dura cerca de 30 dias, após os quais os filhotes passam de 33 a 37 dias abrigados na bolsa. Eles são desmamados aos 60 a 65 dias e permanecem com a mãe por pelo menos mais dez dias, quando pesam cerca de 10 gramas.

Os filhotes atingem o tamanho adulto por volta dos cinco meses, mas podem começar a se reproduzir apenas três meses após o nascimento. Eles vivem até 7,5 anos em cativeiro, mas provavelmente não mais do que cinco anos na natureza.

Os gambás-pigmeus tanto orientais como ocidentais, que é um pouquinho maior, são listados como menos preocupantes pela IUCN, e ambas as espécies são listadas como de menor risco pela legislação do governo da Comunidade Australiana.