Tubarão-tapete, o rei da camuflagem do fundo do mar

Nadando nas águas mornas e rasas ao redor da Austrália, Indonésia e Japão, este mestre do disfarce vem em 12 espécies diferentes de tubarões-tapete da família Orectolobidae. Acredita-se que a palavra "wobbegong, nome que ele recebe na Austrália, venha de uma língua aborígine australiana, que significa "barba desgrenhada", referindo-se às borlas finas ao redor da boca do tubarão-tapete do Pacífico ocidental. Wobbegongs são tubarões que passam grande parte do tempo descansando no fundo do mar totalmente camuflados com o meio.

Com suas marcas intrincadas e tons de seixos, esses animais se misturam de forma impressionante com o fundo do mar, onde passam a maior parte do tempo, imóveis, esperando para emboscar qualquer criatura infeliz que nade perto demais.

Ao contrário de outras espécies de tubarões, os wobbegongs não precisam se mover constantemente para respirar. Em vez disso, eles bombeiam ativamente a água sobre suas brânquias com os músculos da bochecha.

A maioria das espécies tem um comprimento máximo de 1,25 metro, mas o maior, o tubarão-tapete-manchado (Orectolobus maculatus), e o listrado ("Orectolobus halei), atingem cerca de 3 metros de comprimento.

Os vobbegongs são bem camuflados com um padrão simétrico de marcações que se assemelha a um tapete. Devido a esse padrão eles são frequentemente chamados de tubarões-tapete.

A camuflagem é aprimorada pela presença de pequenos lóbulos de bigodes semelhantes a ervas daninhas ao redor da mandíbula, que ajudam a camuflá-lo ainda mais, podem ser mexidos sugestivamente para atrair presas curiosas e atuam como pelos sensoriais.

Eles usam sua camuflagem para se esconder entre as rochas e pegar peixes menores que nadam muito perto, típicos de predadores de emboscada. Os tubarões-tapete também têm uma mandíbula poderosa com dentes em forma de agulha que auxiliam na captura de peixes de recife e outros tubarões menores.

Wobbegongs também têm nadadeiras inferiores fortes que os permitem 'andar' pelo fundo do oceano; um truque bacana se os peixes se encontrarem presos em uma piscina rochosa quando a maré baixar.

São animais inofensivos para o ser humano, a não ser se provocados. Já provocaram mordeduras acidentais em humanos que os pisaram em locais de águas pouco profundas, ou que inadvertidamente se aproximaram deles. Podem morder mergulhadores que os manipulem ou que se atravessem no caminho de fuga destes tubarões.

Como são muito flexíveis, podem morder uma mão segurando a sua cauda. Possuem dentes pequenos e muito afiados e a mordedura pode ser grave, mesmo se dada em um traje de mergulho. Uma vez que ele morde, poderá ser difícil a sua remoção. Para prevenir serem mordidos, mergulhadores devem evitar o contato acidental com estes peixes.