Recentemente, a afluência de turistas elevou a tensão em Kyoto. Com sorte, estes são problemas de crescimento, e a cidade desenvolverá uma melhor infra-estrutura para manejar as multidões e brindará mais informação aos turistas sobre o que é e não permitido. Mas agora que todos têm uma câmera no bolso e redes sociais para postar essas imagens, há mais fotos que nunca. Em Kyoto, isso levou a cenas muito desagradáveis. |
Grupos de turistas que perseguem às gueixas e as maiko (aprendizes de gueixas), que caminham pelas calçadas e acabam sendo protagonistas de selfies sem permissão.
O número de turistas em Gion parece ter aumentado significativamente nos últimos dois ou três anos. Também há conselhos e percursos para detectar gueixas, que sem dúvida ajudou a aumentar as multidões.
A primeira imagem do post foi tomada pelo Conselho Promocional de Kansai para promover a região no encontro do G20 na vizinha Osaka. Assim, as fotos de publicidade oficialmente aprovadas como esta, que mostram uma maiko caminhando por Hanami Koji em Gion, podem causar confusão com os turistas. Provavelmente queiram tomar sua própria versão da foto.
Mas sempre é bom lembrar, que gueixas e maikos acabam privadas em seu caminho ao trabalho. Não são Mickey Mouse ou Pato Donald, e Kyoto não é a Disneylândia. Conquanto é compreensível que as pessoas fiquem emocionadas de vê-las -demônios, até os próprio japoneses que não vivem em Kyoto também se emocionam-, correr atrás delas na rua ou se deter de frente para tomar fotos é muito grosseiro.
Ademais, o Japão tem leis de privacidade estritas, motivo pelo qual é outra coisa que deve ser levada em consideração ao tirar foto dos outros em público.
Também há cartazes em Gion, o distrito de vida noturna de Kyoto onde trabalham as gueixas e as maiko, e dizem às pessoas que não devem incomodá-las. No entanto, os sinais provavelmente deveriam ser ainda mais explícitos, mas dizem que a cidade tem um padrão bem definido que as placas devem se ajustar à arquitetura e os esquemas de cor da área), isso poderia explicar a relativa ambigüidade dos letreiros que indicam que é proibido ou fazer selfies às gueixas, mas não indica o óbvio: Não persiga às gueixas e as maiko pela rua!
Recentemente, voluntários tentaram educar os visitantes sobre como se comportar enquanto estão em Gion, distribuindo folhetos com mais informação. Com o tempo, as pessoas estarão melhor informadas sobre qual comportamento é aceitável. Há uma curva de aprendizagem, e é bom ver que há uma boa disposição para informar os visitantes.
O site Togetter tem uma coleção de tweets sobre o tema, que assinala o estressante e inclusive assustador que deve ser para a gueixa ser assediada desta maneira. Alguns usuários assinalam também que os turistas estrangeiros não são os únicos culpados desta prática. Os visitantes japoneses também o são.
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