Com o auxílio de sensores, lasers e coleta de dados, a tecnologia automatizada está surgindo nas fazendas leiteiras de todo o mundo. A mudança oferece benefícios para os fazendeiros que lutam para encontrar trabalhadores dispostos a fazer o trabalho manual e, depois que as vacas se ajustam ao sistema, elas parecem gostar mais dos robôs, pois o tratamento da ordenha é diferenciado. |
Há diferentes formatos, mas em geral este robôs armazenam pellets de alimentos açucarados para servir às vacas no momento em que estão sendo ordenhadas. Quando uma vaca entra nesse "curral" automatizado, sua etiqueta de identificação é digitalizada. Portões se fecham ao redor dela e braços robóticos entram em ação.
Com base no número em sua etiqueta, as máquinas sabem exatamente a forma de seu corpo e úbere -cada nova vaca tem que fazer uma varredura inicial-, bem como a última vez que foi ordenhada e a quantidade que ela está produzindo. De fato o sistema sabe a taxa de leite de cada bico individualmente.
No início, as vacas são guiadas até o local, mas depois de duas ou três vezes, no máximo, elas já comparecem por vontade própria. Não há, em geral, um padrão de horário para a ordenha, mas as vacas costumam comparecer nas primeiras horas do dia. Devido as guloseimas, há vacas que voltam de novo na fila, mas se ela foi ordenhada muito recentemente, os portões se abrem e mandam ela embora. Mas se estiver pronta, aqui vamos nós.
Um braço robótico com uma escova giratória se estende e suavemente rola ao longo da parte inferior de sua barriga, simultaneamente sanitizando as tetas e estimulando-as, levando a vaca a descer o leite.
Então vem outro braço segurando quatro tubos de plástico, que estão ligados a um tanque transparente. Um por um, as extremidades abertas são colocadas nas tetas. Como os encontra? Lasers, claro. Às vezes, o robô perde as tetas uma ou duas vezes, até que finalmente consegue o ângulo certo.
Os tubos funcionam então como pequenos aspiradores que sugam o leite a uma taxa personalizada para a produção correspondente de cada vaca. Se de um dia para o outro o sistema notar que a vaca está produzindo cada vez menos indica que na próxima deverá ser ainda menor pois o leite está "secando".
Os robôs até testam a qualidade do leite. Sério! Se o leite não for saudável ao consumo humano, ele será desviado para um recipiente separado que servirá para alimentar os bezerros da fazenda, que esperam ansiosamente por seu alimento preferido. Se o leite for bom, é coletado e enviado diretamente do úbere para o sistema de processamento mecânico da fazenda.
A ordenha manual de vacas é um trabalho árduo. Lembro me, quando criança, da idílica cena de minha avó sentada em um banquinho, amarrado em torno da cintura, espremendo as tetas de uma vaca enquanto um jato de leite espesso e quente esguichava em um balde de metal. Era a melhor hora do dia, pois ganhava uma boa dose de groselha em um canecão de alumínio, que era preenchido de rosa com a mistura. Diliça!
Mas não demorou muito e devido aos novos padrões de higiene e classificação do leite (A, B ou C), a maioria das fazendas leiteiras passou a usar as ordenhadiras. Duas vezes por dia, os trabalhadores limpam os úberes dos animais e anexam os tubos sugadores que funcionam de forma semelhante aos dos robôs.
Mas isso ainda requer gente disposta a trabalhar 24 horas por dia, todos os dias da semana. É fisicamente exigente, e o cheiro do curral, por mais higienizado que seja, pode ser desagradável: um cheiro quente, levemente fermentado, que permanece no cabelo e na roupa.
Os produtores de leite lutam para preencher esses empregos, já que as gerações mais jovens estão cada vez menos interessadas em aceitar o trabalho manual dos negócios de família, e é difícil encontrar gente disposta a fazer o trabalho pesado. Os robôs vieram exatamente para resolver este problema.
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