Merrrrrrrrrrrr........dãããããã!

Alerta: este texto é uma mer... A mer... é um grande mistério. Contemplo agora este pedaço de mim, boiando sobre as águas calmas do vaso sanitário, e medito: decifra-me, ou te devoro!

A merd@ está ligada a mim e estou ligado a ela desde o começo de minha vida. Nem um só dia passei sem ela ou ela deixou de passar através de mim. E isso me leva à conclusão de que não há solidão, quando há um merd@ por perto.

• Biodiversidade: Assim como os gaúchos, as merd@s também são diferentes entre si, com a vantagem de que não existe merd@ boiola. As bostas podem ser divididas em várias categorias. Então, como dizia Jack o Estripador, vamos por partes.
  
• Cor: As merd@s são como os camaleões: mudam de cor, conforme as circunstâncias. Com a vantagem de que não andam pelas paredes, a menos que se cague no ventilador. O arco-íris da merd@ começa com aquele marrom clarinho, quase amarelo. É uma merd@ pálida, cor de palha, e combina com cuecas e papel higiênico de tom pastel.Depois vem um marrom desbotado pouco firme. É o tom intermediário entre o palha e o marrom cocô. Este sim é o tom clássico da merd@ universal. Na roupa, no carro, na gravata ou no papel de presente, o marrom cocô é inconfundível.Carregando um pouco mais no tom, vem o marrom queimado, tipo moreno jambo e um pouco mais acima vem o preto total, aquela merd@ que costuma grudar na pele, na privada, no papel e - algumas vezes - debaixo da unha.Há também algumas variações interessantes, como a merd@ com passas e a merd@ com milho verde. Parece um panetone. A base costuma ser o marrom desbotado, com apliques de pontos pretos ou amarelos, dependendo do gosto de quem caga. As merd@s híbridas são raras e nunca se registrou nenhum caso de merd@s listradas.Por fim, vem à merd@ nacional. É uma massa incomum e apresenta um tom verde e amarelo. Normalmente aparece durante o horário eleitoral gratuito, na TV.
  
• Consistência: A merd@, assim com os peitinhos das garotas, diferenciam-se também pela consistência. Pra você que é burro ou tomou recuperação, consistência significa concordância aproximada entre os resultados de várias medições de uma mesma quantidade. Em suma, as merd@s podem ser sólidas, líquidas ou gasosas.
  • Sólidas: dividem-se em duras, moles e médias, assim como as escovas de dente. As moles são aquelas que você caga e nem sente. Escorrem como um carinho. Já as médias requerem algum esforço, mas, em compensação, não são como as duras, que além de exigir muita veia estufada no pescoço, ainda nos lançam num dilema atroz: se parar pra respirar ela sai ou volta?
  • Líquidas: estas são líquidas e certas e aparecem durante as caganeiras. Praticamente mija-se pelo rabo. São tão rápidas e eficazes que sempre nos surpreendem. Você pensa que só peidou e quando olha, o vaso está cheio de merd@!
  • Gasosas: são os famosos peidos. Engana-se quem acha que peido é peido. Assim como o vapor é a consubstanciação da água, o peido é a evaporação da merd@.
    
• Comportamento: As merd@s são imprevisíveis! Assim como as mulheres, não é possível prever o comportamento das merd@s. Se você acha que vai peidar, acaba se cagando todo. Outras vezes, tem plena convicção que deseja cagar e então, só peida. É um paradoxo. Os comportamentos mais comuns da merd@ são:
  • Bombardeio: Cai rápida e direto sobre o alvo, fazendo "glub". Espirra água na bunda.
  • Granada: Espalha-se pela parede do vaso, como estilhaços. Costuma resistir a várias descargas. Normalmente só é removível com aquela escova fedorenta que sua mãe deixa atrás do bidê.
  • Falsa: Dá a impressão de que vai rasgar o toba. Quando sai, é só um cocozinho.
  • Atômica: É o contrário da merd@ falsa, parece vir de mansinho, mas quando sai, sai com tudo. Pode resultar em entupimento do vaso, gemidos, gritos, dor, e extrema dificuldade para sentar. Em casos mais graves, procure um médico.
  • Crocodilo: Fica boiando na água, com as costas de fora.Titanic: Vai direto para o fundo.
  • Submarino: Fica a meia profundidade. Às vezes sobe, às vezes desce.
  • Monstro do Lago Ness: Fica com uma ponta pra fora e o rabinho pra dentro d’água.
  • Tímida: Mergulha e some pelo encanamento.Chata: Aquela que resiste a várias descargas.
  • Inconveniente: Sempre vem fora de hora.
  • Compreensiva: Espera você chegar em casa.
  • Dalai Lama: Transforma-se em peido e sobe até o Tibet.
  • Fujona: Cai fora da água, dentro do vaso, e fica te olhando.
  • Dolly: É presa num vidrinho e mandada para o laboratório.
  • Salmão: Quando se puxa a descarga ela vai mas volta nadando contra a corrente.
  • Fantasma: Você sente sair, vê o bicho no papel, mas não tem nada na privada.
  • Clean: Você sente sair, o bicho tá lá na privada, mas o papel tá limpinho.
  • Molhadinho: Depois de limpar a bunda umas cinquenta vezes ainda parece que não tá limpo. Então você embola papel higiênico entre a bunda e a cueca pra não borrar.
  • Gostinho de Quero Mais: Acabou de puxar a descarga, já puxou as calcas até o joelho, e de repente tem que começar tudo de novo.
  • Hemorragia Cerebral Pelo Nariz: Aquele que requer tanta forca que você fica todo roxo e quase tem um derrame.
  • Espiga de Milho: Auto-explicativo.
  • Tarzan: Só sai com auxilio vocal.
  • Torpedo: Tão grande que dá medo de puxar a descarga sem antes quebrar no meio com o cabo de uma escova de dentes.
  • Alcóolico Anônimo: Aquele feito na manhã seguinte a uma noite de bebedeira. Deixa uma marca longitudinal na porcelana após puxada a descarga.
  • Cabeludão: Aquele que você encontra quando a descarga não funciona, naquela altura inchado até ficar da grossura do seu antebraço.
  • Embora eu queira: Quando você fica sentado com uma baita dor de barriga mas só peidando. Particularmente frustrante em banheiros públicos.
  • Caminhão Basculante: Sai tão rápido que mal da tempo de sentar.
  • Aerógrafo: Versão diarréia do Caminhão Basculante. Antes mesmo de você sentar, BUM!!!. Uma carga explosiva recobre todo o interior do vaso de uma camada mais ou menos uniforme de respingos. A água continua limpinha.
  • Efeito Ilha: Uma massa marrom e disforme saindo pra fora da água.
  • Chama o encanador: Tão grande que entope o vaso e a água transborda.
  • Hérnia de Disco: Variante do Hemorragia. Requer tanta forca que você acha que tá saindo de lado.
  • Acho Que Estou Parindo Pela Bunda: Um cruzamento do Torpedo com o Hérnia de Disco. O produto assemelha-se, em tamanho e formato, a uma lata de batatinhas Pringle's. Depois que sai sobra um espaço vazio no reto.
  • Rabo de Macaco: Não para de sair, tipo pasta de dente. Você tem duas escolhas: ou ir puxando a descarga e continuar mandando brasa, ou arriscar-se a ver o bicho ir empilhando até chegar na sua bunda.
  • Acho Que Estou Virando Um Coelhinho: Um monte de cocozinhos redondos que parecem bolinhas de gude e que fazem barulhinho ao cair na água.
  • Muralha: É quando o resultado do Acho Que Estou Virando Um Coelhinho se rebela e impede a ação da descarga.
  • Elevador: Desce de uma vez; movimento retilíneo uniforme.
  • Prometo Mastigar Minha Comida Melhor: Quando o pacote de Doritos da noite passada parece vidro moído ao descer.
  • Morreu Um Bicho Aqui Dentro: Também conhecido como Lixo Tóxico. É claro que você não avisa ninguém do odor infecto. Em vez disso, você fica disfarçadamente perto da porta do banheiro fazendo forca pra não dar risada enquanto as pessoas saem correndo e engasgando ali de dentro.
  • Ainda Tem Um Pendurado(Badalhoca):Tem que esperar pacientemente o ultimo pedaço cair, porque se você tentar limpar agora vai borrar tudo.
  • Lança Chamas: Chamusca os pelinhos. Faz você jurar nunca mais chegar perto de acarajé.
  • Toner: A única prova material de todo o seu esforço é um ligeiro escurecimento da água.
  • Cerrote: Cruzamento de Rabo de Macaco e Hérnia de Disco. começa fino e vai engrossando até você não aguentar mais de dor, quando o bixo sai, você se sente bem aliviado, mas irá mancar por uma semana.
  • Primogênito: Tão perfeito, marrom e saudável, que dá pena de puxar a descarga.
  • Merda Armagedon: É uma mistura de Acho que estou parindo pela Bunda, Lança Chamas, Rabo de Macaco, Caminhão Basculante e Cerrote. Além de estilhaçar boa parte do banheiro e do andar de baixo, deixa sua bunda com aspecto visual de entrada de igreja. É um bom método de aniquilar visitas indesejáveis no andar de baixo.

1. Posicionar o briôco o mais próximo possível da tábua, deixando o saco (caso você tenha) esmagado sobre a mesma. Assim, a barrola fedorenta desce rolando pela louça. Com a queda amortecida, a barrufa mal-cheirosa não causa o "efeito tchbum".
   Problemas:
   1. A merd@ deixa um rastro na louça (tal técnica consiste em, literalmente, "jogar um barro na louça"). Sobre o ponto de vista estético, foda-se! Além do mais não é o macho da casa que vai limpar a barrolinha (no máximo, dá pra tentar desfazer a trilha pastosa com jatos de mijo de alta pressão). Mas aquele filete marrom pode vir a feder mais tarde. E, no caso de jogar um barro na casa da namorada ou dos sogros, pode pegar mal se alguém entrar depois de você.
   2. Se a pontaria for mal calculada, o toletão pode raspar na tábua e cagar a porra toda. Neste caso, é de bom grado limpar depois de terminado o serviço. Até porque na barreada seguinte, o cagão corre o risco de esquecer e sujar o saco na própria merd@ que lá ficara, o que seria, convenhamos, bastante desagradável.
      
2. Criar um tapete flutuante de papel higiênico. Conhecida como "efeito overcraft", essa técnica parte do pressuposto que a merd@ será amortecida ao bater no tapete de papel evitando o "efeito tchbum".
   Problemas:
   1. Errar na quantidade de papel para menos. Neste caso, a água vai bater na bunda de qualquer forma.
   2. Errar na quantidade de papel para mais. Neste caso, a privada entope e o cagante passa pela constrangedora experiência de ter de fugir da água com merd@ que sobe ameaçadora e lentamente privada acima. Pior: na ponta dos pés e segurando a calça pra não cair ainda por cima.
      
3. Técnica conhecida como "cag'n run". Consiste em cagar no meio da privada e tirar a bunda rapidamente antes que o chafariz barrento atinja a raba. Tal técnica exige reflexo, explosão muscular e uma coordenação motora pelo menos razoáveis.
   Problemas:
   1. Arrancar lentamente. Neste caso, tudo vai por água abaixo (ou acima, no caso) e o furíco é atingido pela água podre de qualquer jeito.
   2. Arrancar rapidamente demais. Neste caso, corre-se o risco de tirar o cu da reta antes de a merd@ se desprender da flor de oríba. Resultado: cocô na tábua, no chão do banheiro ou, pior, dentro da cueca do cagão. Além disso, o cagante pode ser enganado pelo cocô do tipo "dois estágios". Neste caso, o cagante pensa que se livrou do charutão e, sem nada poder fazer, vê uma badalhoca cair dentro da cueca.