Canon em Ré de Pachelbel

Por maior que seja o desapego que tenhamos à música, uma delas ou várias marcaram algum momento de nossa vida. É o caso de Canon em ré de Pachelbel. Assim o objetivo deste tópico é falar sobre uma das músicas clássicas mais conhecidas e apreciadas de sempre. Se você é jovem e acha que música clássica é coisa chata ou de velho, dê uma chance e leia o texto ou ouça pelo menos uma das versões na base do tópico.

História
O Canon (cujo nome completo é Canon e Giga em Ré maior para três violinos e violoncelo, no original alemão: Kanon und Gigue in D-Dur für drei Violinen und Basso Continuo) é a obra mais conhecida na atualidade do compositor de música barroca alemã: Johann Pachelbel que escreveu esta obra lá por 1680, originalmente uma música de câmara para três violinos e violoncelo; sendo posteriormente realizadas uma grande variedade de arranjos para diversos instrumentos e orquestras, tornando-se até música-tema para filmes. Ao contrário de seu compositor, a peça é hoje muito conhecida e muito executada em casamentos por sua doçura e suavidade.

Estrutura
Como dito acima, Canon é uma peça musical de repetições feitas para 3 violinos e um violoncelo contínuo, ou seja, o 1º violino(ou primeira voz) inicia com parte da melodia, e depois de uma seqüência de tons ou acordes, este inicia outra parte no mesmo momento que o 2º violino inicia a mesma melodia já tocada pelo 1º, sendo que quando o 3º violino inicia a mesma melodia já tocada pelo 1º e 2º violinos, o 2º passa a tocar o que o 1º tocou, em suma, são blocos de quatro compassos tocados pelo 1º violino, os quais são repetidos pelos demais, tornando melodias harmonicamente sobrepostas.
A complexidade da estrutura de Canon aumenta a partir do meio da música quando as variações vão tornando se mais complexas para em seu final voltar gradualmente a estrutura menos complexa.

• O Canon foi musicalmente adaptado pela primeira vez numa canção pop em 1968 pelo grupo espanhol Pop Tops, na canção "O Lord, Why Lord?", que apareceu nas paradas de sucessos do Estados Unidos e Holanda.
• A trilha sonora do filme "O enigma de Kaspar Hauser" de Werner Herzog, estreada em 1974, incorpora o Canon.
• A segunda metade do álbum de música ambiente de Brian Eno Discreet Music consiste numa série de versões do Canon as quais foram aplicadas aplicado séries de transformações algorítmicas, deixando-as praticamente irreconhecíveis.
• Em 1991, a gravadora RCA lançou uma compilação em CD chamada Pachelbel's Greatest Hit, que continha oito versões diferentes do Canon que se tornou o disco de música clássica mais vendido da história.
• Diz-se que Mark Knopfler, que teve formação em música clássica, inspirou-se no Canon para a harmonia de "Tunnel of Love" (1980) dos Dire Straits.
• O canon é o tema principal do filme "Ordinary People"("Gente como a gente" aqui no Brasil, ganhador de quatro Oscars em 1980.
• O diretor de cinema Jose Luis Garci também empregou o Canon em seu filme "Voltar a começar" (1981), ganhador do Oscar de melhor filme em língua não inglesa.
• Em 1984, a cantora e atriz japonesa Togawa Jun adaptou o Canon e pôs-lhe letra na canção "Mushi no Onna".
• Em 1998, o diretor de cinema francês Gaspar Noé utilizou o Canon em seu filme "Seul contre tous".
• Streets of London (Ralph McTell)
• Go West (Village People (1979)/Pet Shop Boys (1993))
• Basket Case (1994) (Green Day)
• O grupo Banya fez uma versão rock do Canon chamada Canon-D (Part of the Memories #1)
• Em 2005, teve grande impacto um vídeo no Google Video onde um jovem guitarrista Taiwanês interpretava o Canon à guitarra numa adaptação livre em versão rock.