Maravilhas do mundo - Monastério de Tatev

Na província armênia de Syunik existe uma obra arquitetônica que oferece uma das vistas mais formosas do planeta. Trata-se do monastério de Tatev, construído entre o final do nono século e princípios do décimo em uma área de vital importância estratégica resguardada pelo leito de um pequeno rio e das colinas próximas ao povoado que compartilha seu nome.

O objetivo da obra não era somente o de ser utilizado como edifício religioso, senão que ademais servia como fortaleza e, graças a sua privilegiada posição nas alturas, era um excelente posto de vigia desde o qual alertavam a chegada de invasores a toda a região. Região que ademais costuma ser coberta completamente por um espesso nevoeiro, motivo pelo qual uma mente pródiga e infelizmente anônima atualmente, venceu as vicissitudes do nevoeiro com uma espantosa peça tecnológica muito avançada para sua época.

Das origens do monastério em si, se conhece muito pouco, já que devido à turbulenta história da região, infestada de guerras e invasões, o passado é muitas vezes difuso, motivo de que hoje em dia ninguém saiba quem comissionou e pagou pela construção. Não obstante, devido a uma série de retratos na face norte do monastério acreditam que foi construído a partir do que antigamente era um templo pagão, pelo príncipe Ashot e sua esposa.

Como tinha mencionado anteriormente, o mais interessante da construção não é a fortaleza, senão uma singular e chamativa peça de tecnologia encontrada no pátio exterior da mesma a maneira de um pêndulo oscilante cuja estrutura de pedra de oito metros de altura e várias toneladas forma um octaedro capaz de avisar com antecipação desde tremores da terra até grandes movimentos de tropas. É chamado Gazavan, um pilar feito a partir da rocha local e seu mecanismo consiste em um intrincado sistema de pesos e contrapesos anexados a sua parte inferior que, ante o menor distúrbio, leva-o a oscilar freneticamente de um lado para o outro.

Tão sensível chegou a ser no passado que inclusive, segundo escritos da época, era capaz de alertar os monges da chegada de exércitos invasores. Algo de vital importância já que os espessos nevoeiros que costumam cobrir a região são capazes de limitar a visão a uns poucos metros, dando a oportunidade a uma força invasora de avançar discretamente pela área.

Conquanto o mesmo ainda permanece praticamente intacto, durante o terremoto de 1931, que causou grande dano no monastério, sofreu danos em seu mecanismo de contrapesos, o que obrigou ademais reforçar a coluna com peças metálicas; razão pela qual já não é tão sensível como costumava ser no passado. Por desgraça, não se sabe quem foi a pessoa que deu origem a tão engenhosa maravilha da engenharia.

No seguinte modelo tridimensional podemos ver um percurso virtual no monastério e um exemplo do funcionamento do pêndulo. Enquanto neste vídeo, de baixa qualidade, podemos ver uma filmagem realizada por um turista do pêndulo e o interior do monastério.