O homem que se transformou em barco

Richard Halliburton (1900-1939) foi um desses intrépidos aventureiros do início do século XX, que passou grande parte de sua vida tentando realizar emocionantes façanhas. Morreu cedo, mas durante 20 anos viveu grandes aventuras como cruzar os Alpes montado em um elefante, voar de cabeça para baixo em um biplano sobre o Taj Mahal, escalar montanhas, explorar selvas e ao tentar cruzar o Pacifico desde Hong Kong até São Francisco em um barco de junco chinês, desapareceu e foi dado como morto.

Seus livros que contam suas vivências e aventuras continuam, ainda hoje em dia, sendo o livro de cabeceira de muitos expedicionários. Mas o fato pelo qual ele é mais recordado foi cruzar a nado e longitudinalmente o Canal do Panamá entre 14 e 23 de agosto de 1928.

A tarefa mais complicada foi tentar convencer às autoridades para que permitissem realizar tal façanha. Depois da preparação física para essa emocionante e arriscada aventura se deparou com centenas de horas de negociação, burocracia e discussões, até que recebeu uma carta do governador M. L. Walker que concedia a autorização pertinente:

Em 14 de agosto de 1928, Richard Halliburton começou o desafio proposto e tal e qual indicava na autorização do governador Walker, Halliburton foi acompanhado por um bote com um atirador experimentado para disparar em caso de cruzar com algum crocodilo.

Para realizar dita façanha e evitar qualquer tipo de contratempo à hora de cruzar as reclusas, Richard Halliburton registrou-se como SS Halliburton, desta maneira teve que pagar o pedágio cobrado em função da tonelagem do navio, que neste caso era de 63 quilos, que se tornou o pedágio mais barato da história do Canal do Panamá, já que o SS Halliburton pagou apenas 36 centavos de dólar.

Fonte: The Panama Canal Cruise.