Faça amor não faça a guerra ou quando uma foto mente

Composição e cor dignos de passar aos anais da arte. Significado sóciopolítico digno de passar à História. Aparentemente vemos um casal beijando-se no meio dos distúrbios que recentemente aconteceram em Vancouver (Canadá), alheios ao fato de que a Polícia esteja a ponto de "descer o cacetete". Ao que parecem encontraram um oásis, um remanso de paz e amor no meio de tanta violência, tanta luta... ou talvez não.

A fotografia deu a volta ao mundo de forma viral, e não é para menos pela força de seu conteúdo e a delicadeza com a qual os protagonistas parecem beijar-se no meio do que parece uma manifestação de rua.

Se vivêssemos há pelo menos uns quinze vinte anos atrás, a imagem certamente passaria a história, mas neste mundo visual de celulares com câmeras é quase impossível não termos outra perspectiva de uma imagem. Pois esse é o caso de uma outra fotografia de outro ângulo que permite outra interpretação do acontecido, talvez mais conforme com a realidade.

Ao que parece o casal corria no meio do tumulto quando tropeçaram e caíram no chão. Ela machucou-se e ficou tombada se queixando e chorando enquanto seu parceiro tentava saber o que realmente havia acontecido para ajudá-la. A esse momento corresponderia a primeira fotografia que resultou tão significativo quanto a famosa foto de Alfred Eisenstaedtl do beijo da Times Square ao acabar a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: The Guardian.