O título remete a um dos mais belos e simpáticos filmes franceses de todos os tempos, Guerra do Fogo, que pouco ou nada tem a ver com o assunto deste post: Agni Keli ou Toothedhara, também conhecida como guerra do fogo do templo Kateel Durga Parameswari, em Mangalore, na Índia, um ritual único que tem centenas de devotos jogando palhas de palmeira em brasa de um para o outro, como forma de apaziguar a deusa hindu Durga. |
A cada ano o Festival de Durga Kateel Parameswari é celebrada por 8 dias, no mês de abril. Começa na noite anterior do dia de Messa Sankramana e apresenta uma série de performances temáticas, sendo a mais intrigante a de Agni Keli. Na segunda noite do festival, centenas de devotos se reúnem no templo de Durga, em Mangalore, para realizar uma tradição secular que envolve jogar e pegar folhas de palmeira em brasa. A ação de fogo atrai milhares de espectadores, que assistem como os homens empunhando tochas tentam definir um ao outro em chamas.
As regras do Agni Keli são muito simples. Os devotos que participam no combate são divididos em dois grupos e se enfrentam a uma distância de 10 - 15 metros. Armados com tochas de palhas de palmeiras, eles começam a jogar uns nos outros, tentando acertar os devotos do grupo oposto. Durante a luta do fogo sagrado, cada participante só pode fazer cinco arremessos, então todo mundo tenta ser certeiro na sua vez. Para evitar queimaduras graves, os homens apenas usam pedaços de pano enrolados em torno de sua parte inferior do corpo, que muitas vezes terminam em chamas durante o ritual de fogo. Se uma pessoa sofre qualquer queimadura, é então pulverizadas com água.
Como todos tem um número limitado de lançamentos, Agni Keli dura apenas cerca de 15 minutos, mas ao que parece é o suficiente para agradar a deusa Durga e também aos espectadores sedentos de ver alguém pegando fogo enquanto se mantêm a uma distância segura.
Em algumas cidades do nordeste do nosso país também é comum ver-se a já secular guerra de espadas, mas ali ao invés de palhas de coqueiro usam as conhecidas espadas -uma variação mais potente dos tradicionais buscapés, feitos de bambu, pólvora e limalha de ferro-. A origem pode ser rastreada até a tradicional festa junina do município de Cruz das Almas, na Bahia, onde existe até equipe de espadeiros com destaque para uma tal Esquadrilha da Fumaça.
A prática foi proibida no último ano segundo pedido do Ministério Público Estadual que considera as espadas como uma arma de fogo, mas o uso das espadas continuou ocorrendo como em anos anteriores, com o diferencial que os espadeiros agora devem também driblar a polícia.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Pode ser tradição, mas é perigoso.
"Moeteru!" :twisted:
Interessante. :twisted:
Pois é. :roll:
kkkkkk. ..... tá dificil aí Moon??? :P
Achei legal também..... eu acho que o Ministério Público deveria se preocupar com coisas mais importantes... a festa é uma tradição, só fica lá na rua quem quer, se machucarem foram eles quem procuraram.... "deixa os mano" ... ir atrás de político ninguem vai :roll:
2 Fails consecutivos, Pulguento. :twisted:
"Agni Kai". :roll:
Mas que diacho! :ma: :ma: :ma:
8) 8) 8) 8)
Achei interessante e bem divertido. :twisted: