Todd Rutherford tinha apenas sete anos quando descobriu a lei da oferta e da procura. Estava com um grupo de amigos quando um dos maiores comprou um exemplar da revista Playboy. O pequeno Todd observou atônito como todos os garotos se juntaram em torno da publicação para ver às garotas peladas. Nesse momento acendeu uma lampadinha no topo de sua cabeça. Teve uma ideia. |
Pediu cinco dólares ao pai, foi até a banca de revistas masi próxima e comprou outro exemplar da Playboy. Recortou as imagens das mulheres peladas e começou a vendê-las aos garotos da rua a um dólar a foto. Antes de que seu pai fechasse o negócio com um doloroso puxão de orelhas um par de horas depois, tinha conseguido arrecadar 20 dólares, quatro vezes mais do que tinha custado a revista.
Várias décadas depois, Todd Rutherford voltou a ver uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil. Depois de anos trabalhando em uma agência de marketing dedicada a promover livros auto-editados, deu-se conta de que perseguir os jornalistas para que publicassem a crítica do livro de algum de seus clientes não era nada efetivo, de modo que aproveitando o anonimato da Internet, decidiu fazer ele mesmo o trabalho. Escreveria exatamente o que o cliente quisesse, que seu livro era magnífico, e cobraria um bom dinheiro por isso.
Assim nasceu o site GettingBookReviews.com. Ao princípio cobrava 200 reais por suas benevolentes análises. No entanto, alguns clientes não se conformavam com apenas uma opinião e pediram que escrevesse várias com diferentes nomes em lojas on-line, sobretudo na Amazon.com. Rutherford começou a oferecer pacotes de críticas para impulsionar livros semi-desconhecidos: 20 avaliações por 1.000 reais, 50 por 2.000.
Sua iniciativa foi todo um sucesso e antes de sequer dar se conta estava faturando mais de 65.000 reais mensais escrevendo falsas críticas positivas sobre livros de autores desconhecidos que nem sequer tinha lido.
- "Unicamente assinalava as coisas positivas, obviando as negativas", explicou Rutherford em uma entrevista ao The New York Times, onde indica que suas críticas eram revisões de marketing, não opiniões editoriais.
Quando o negócio ia de vento em popa, chegou o ocaso. Uma cliente descontente utilizou Internet, a mesma arma que o falso crítico tinha empregado previamente para montar seu rentável negócio, para advertir da fraude. Pouco depois o Google apagou a publicidade da GettingBookReviews.com e a Amazon.com vetou qualquer coisa que tivesse a ver com Rutherford.
Apesar de terminar com um novo puxão de orelhas, o negócio voltou a ser rentável, como quando vendeu fotos pornográficas a seus amigos. Em pouco mais de seis meses sua empresa escreveu 4.531 falsas opiniões, pelas que faturou cerca de 1 milhão de reais.
Talvez por isso agora, desde sua casa em Bixby, Oklahoma (EUA), trata de aproveitar sua fama nas redes sociais para cobrar por escrever mensagens favoráveis sobre publicações no Twitter ou Facebook.
Segundo o professor da Universidade de Illinois, Bing Liu, aproximadamente uma de cada três críticas publicadas na Internet sobre qualquer produto ou serviço são fraudulentas. Liu, experiente em análise de dados, confirmou por exemplo que aproximadamente 60% das avaliações na Amazon têm uma qualificação de cinco estrelas, ao qual deve-se somar os 20% com quatro estrelas.
De seu trabalho podemos extrair que as avaliações que aparecem no Rede não são confiáveis, ainda que sim um grande negócio para alguns: os cálculos apontam que até 2015 serão publicados mais de 600.000 livros independentes o que, considerando um preço entre 40 e 200 reais por opinião, supõe um milionário mercado de vários milhões de reais. E você ai se matando de trabalhar!
Pois falando em avaliações, os amigos poderiam, por favor, fazer um review do MDig no seguinte endereço: Write a Review for mdig.com.br. Basta fazer o login com sua conta do Facebook e preencher o formulário. Não dura mais de um minuto e não dói nada. Pode ser? Obrigado!
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Comentários
Profissionais, inclusive. V
Ele não é o primeiro nem o melhor em fazer isto. Há muitos outros.
Se eu passe o dia inteiro fazendo pizzas, iria odia-las, não seria o melhor critico. Não se se essa sua "teoria" funcionaria.
Primeiro, eu acho que critico de algo, tem que ter vivido ou passado por esse algo, para critica-lo.... como exemplo, um piloto de corridas é a melhor pessoa que existe para criticar as corridas, claro que seu dicernimento pessoal e analise propria, são muito importantes, mas de uma coisa é inegavel, ele viveu aquilo e pode falar com propriedade sobre isso.
quero ganhar grana assim tb! ehuhaueha
É exatamente por isso que a gente não pode confiar somente nas informações disponíveis e tomá-las por verdades absolutas.
Não consegui responder os questionários... :|
Concordo. V
Críticos já não são grandes coisas. Tsc, tsc.
Boa história...
Quanto ao questionário.... não tenho facebook Admin... :|
V (você se surpreenderia)
Venderam uma revista adulta a um guri de 7 anos? Ok.
A história é muito boa, mas mentira tem pernas curtas. E, claro, braços bem compridos para carregar todo o dinheiro que pode render.
Eu fiz o questionário do MDIG.
Esperto.