No livro "A Cama Na Varanda", a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, fala sobre uma pesquisa feita pelo IBGE com pessoas casadas, onde 80% dos entrevistados se declaram, de alguma forma, decepcionados com o seu casamento. Quer mais? Uma pesquisa britânica recente apontou que apenas 3% de pessoas casadas se consideram felizes, enquanto outros 18% afirmavam que vivem um relacionamento tolerável. Ou seja, até um cego "verá" que estas cifras são bem contrárias ao casamento.
Naturalmente já somos predispostos a não viver muito tempo ao lado de uma pessoa: estudos científicos indicam que o amor verdadeiro, a paixão louca, não supera os 4 anos. Por outro lado as mulheres não precisam mais se prender a um par, financeiramente falando; trabalham, são donas de seus narizes e não costumam levar chicletão para casa, menos um ponto para o casamento.
Hoje, acreditamos que a relação entre duas pessoas não deve ser baseada mais em sacrifícios do que em prazeres. Ninguém mais, a não ser os masoquistase e os que sofrem de carência doentia, quer viver naquele puta climão dramático de sofrimento para estar do lado de quem se ama, ao estilo "Ruim com ela, pior sem ela". Agora tá mais para "Gosta de mim! Eu te amo! Não gosta! Se foda, tem uma fila enorme lá fora!". O casamento acaba de perder outro ponto.
Também é cada vez mais comum a "traição" consentida, acordos realizados para garantir que não falte (ou diversifique) o sexo, com alternativas como o ménage, casas de swing, troca de casais, etc. O problema é que, às vezes, um dos envolvidos no acordo acaba "roendo a corda" por causa do ciúme e do maldito sentimento de posse, menos outro ponto para o casamento.
Junte-se a isso o fenômeno Facebook e os múltiplos hábitos psicossociais que este implica, já que é um elemento determinante na intimidade de seus usuários. Assim, pasmem, em anos recentes, um de cada cinco divórcios realizados nos Estados Unidos tiveram algo, ou muito, a ver com o comportamento na rede social de algum dos solicitantes.
Não é à toa, então, que a instituição matrimonial seja considerada frustrante e até inservível, mas infelizmente não há um modelo exemplar de substituição até o momento, de modo que temos que continuar à busca incessante da metade da laranja ou da cara metade -a minha azedou ou nasceu em Marte, só pode-. Talvez o caminho seja uma mudança de mentalidade que permita às pessoas escolherem o que é melhor para elas e o que melhor se encaixa em suas escolhas, ao invés de se verem obrigadas a se encaixar em um modelo bonitinho pré-estabelecido.
O caso é que muitas pessoas vem fazendo de tudo para inovar e ressuscitar a instituição chamada casamento, principalmente no quesito celebração. Quando olho o meu álbum de casamento com aquelas fotos cafonas de jardins com coqueiros, minha ex com cara de "quem comeu e não gostou" e eu com um sorriso pálido, tenho inveja desta gente que faz festa hoje nas sua bodas, como nessas fotos engraçadas relacionadas com o casamento.
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Comentários
bizarro ever!
Quanto às fotos: ao menos quebraram a rotina.
"Talvez o caminho seja uma mudança de mentalidade que permita às pessoas escolherem o que é melhor para elas e o que melhor se encaixa em suas escolhas, ao invés de se verem obrigadas a se encaixar em um modelo bonitinho pré-estabelecido."
Meu pensamento. Casamento no papel está mais para um contrato do que uma união. Quando a balança pende mais para o lado dos dissabores, é melhor rever a situação e analisar se vale mesmo a pena manter a relação.
Bizarrice.
Faz um casamento inesquecível... meu casamento será, obviamente, em Marte.
Ah, a felicidade te proporciona a idiotice. :roll:
Ah sociedade sua repulsiva, eu nem me importo tanto que nem sei o nome da mãe ou do pai ou da mulher de alguns dos meus melhores amigos, e as vezes nem o nome deles mesmos huehuehua '-
Virou moda dizer que o melhor é ser solteiro.