Recriando um terremoto de magnitude 6,8 com uma explosão nuclear

Impressionantes imagens da explosão subterrânea de uma ogiva termonuclear de 5 megatons, equivalente a quase 400 vezes a potência da bomba de Hiroshima. O maior teste nuclear subterrâneo na história dos EUA foi realizada em 6 de novembro de 1971 na ilha Amchitka, do Alaska. Uma explosão que provocou um terremoto de 6,8º na escala Richter.

Míssil antibalístico Spartan descendo ao poço de prova com a ogiva termonuclear.

O experimento denominado Cannikin, segundo os militares, tinha como objetivo determinar o comportamento e as características dos sinais sísmicos gerados por uma detonação nuclear e diferenciá-las dos sinais sísmicas produzidas pelos terremotos produzidos de forma natural, mas na verdade era mais um demonstração de tutano americana.

A ogiva termonuclear W71 utilizada no experimento Cannikin.

Uma explosão que elevou o solo até 6 metros, criando um novo lago de mais de 1.600 metros de diâmetro e produziu numerosos deslocamentos de rochas e movimentos de terras em uma área de 3.250 metros quadrados. Durante as semanas seguintes aconteceram um número substancial de pequenos movimentos tectônicos, que inclusive deslocaram até um metro uma das falhas principais do mar de Bering.

Estudos posteriores realizados na Universidade FairBanks do Alaska sobre a vida silvestre na ilha, demonstraram que entre 700 e 2.000 lontras marinhas morreram como consequência direta da onda de choque da explosão.

O seguinte vídeo é parte do documentário Atomic Journeys - Welcome to Ground Zero, narrado por William Shatner e infelizmente tem um pequeno trecho em Inglês. De qualquer forma, como quase sempre acontece nestas situações, as imagens falam por si só e nos mostram como a espécie humana pode ser estúpida.