Esta semana, quando lia um artigo de um blog russo sobre quais são os 5 piores turistas do mundo na atualidade, descobri pessoas que tiveram a péssima ideia de sair de casa naquele dia para visitar um ponto turístico ou um monumento histórico. Dentre eles, um tonto que capturou e comeu um polvo raríssimo, um outro que quebrou um dedo de uma estátuia de 600 anos enquanto tentava medir seu mindinho e dois mais, em especial, que me chamaram a atenção: |
No primeiro, dois jovens franceses que visitavam as magníficas Falésias de Moher, consideradas um dos pontos turísticos mais incríveis da Irlanda e testemunhas vivas de que as pessoas nascem e morrem, mas a grandiosidade da natureza permanece a mesma, decidiram que as rochas ficariam mais bonitas se parecessem com uma porta de garagem de um subúrbio francês, e grafitaram uma grande área do local, para depois exibir a imbecilidade no Facebook para seus amigos, aparentemente como um guia de como estragar um monumento natural. Na foto acima é possível ver a obra dos dois descerebrados.
No segundo caso, em maio desse ano, não ocorreu melhor ideia a um adolescente chinês de 15 anos, chamado Dean Jinghao, de rabiscar seu nome sobre afrescos de 3.000 anos de idade de um antigo templo egípcio. Imaginem só: uma obra de arte que permaneceu praticamente intacta durante três milênios, apesar das guerras, conquistas e a força implacável do tempo, foi arruinada por um incauto, cujos pais esqueceram de usar camisinha.
O caso é que esta duas histórias geraram um grande celeuma na rede social VKontakte sobre a educação dada pelos pais destes anencéfalos com o seguinte comentário "Moral da história: para o bem da humanidade, o melhor ainda é educar os seus filhos!" com milhares de curtidas.
Sim, é possível inculcar princípios e valores desde tenras idades, isso não contempla, no entanto, problemas relacionados com a sociopatia e outros transtornos.
Pessoalmente creio que crianças criadas sem nenhuma noção de limite, que não aprendem a lidar com perdas e frustrações, estarão no futuro, sem dúvida, mais propensas a cometer transgressões e cagadas como as citadas anteriormente. Filhos de pais educados e empáticos estarão também sujeitos a agir de maneira mais solidária e educada quando adultos. De qualquer maneira isto não é uma regra. Já vi gente criada com todo o zelo se transformar em bandido e, ao contrário, conheço filhos que nasceram em lares podres que se tornaram grandes mulheres ou homens.
Diante deste dualidade podemos parar um pouco para reflexionar: educação ou índole? O que em verdade determina o comportamento dos jovens e, por consequência das pessoas? Existem n teorias sobre o assunto, desde neurocientistas que defendem a teoria genética até outros que afirmam que nosso modo de ser muda substancialmente com as experiências da vida.
E você, o que acha do assunto?
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Comentários
Duas coisas que são uma só:
INFLUÊNCIA
Se a criança em casa é educada num ambiente "seguro", com valores morais e espirituais decentes, tem grande chance de ser "gente".
Mas se essa criança tiver amigos, assistir programas de TV, ouvir músicas, frequentar ambientes que não possuem os mesmos valores, ela vai ter seu caráter corrompido, e quando tomar decisões próprias, vai ser imprestável, corrupta, desonesta, vão fazer coisas como as do texto.
Então:
Educação de casa Boa / Influência Boa = Pessoa Decente
Educação de casa Boa / Influência Ruim = Pode sair qualquer coisa
Educação de casa Ruim / Influência Boa = Pode sair qualquer coisa
Educação de casa Ruim / Influência Ruim = Pessoa Ruim
Claro, assim que a pessoa ruim encontrar boas influências, tiver contato com o certo, ela pode mudar de vida. O mesmo com a pessoa que foi a vida toda decente, uma boa pessoa, e de repente "virou a casaca"...
Influências, tanto sociais quanto espirituais, é o que formam nosso caráter... Depois de um caráter formado, a pessoa já tem capacidade pra decidir por conta própria... :wink:
Educação com certeza. E não é a educação classica, aquela da escola, mas a educação dada atraves dos pais pelo exemplo e pelas lições comportamentais no decorrer da vida.Penso que um garoto que vê seu pai dirigindo bêbado durante toda sua infância ( se ele sobreviver ileso aos possíveis acidentes...) muito provávelmente seguirá o exemplo do pai quando adulto.MUITO PROVÁVELMENTE, pois não esqueçam que o homem é o produto do meio...
Entretanto se o indivíduo vier com alguma pre disposição mental ... aí já era...
todo mundo fala do internauta agora é a p0h@ do comportamento dos jovens,eu ia escrever certo p0h@ mais nao vou falar palavrao
acho q não tem muito a discutir. Se dependesse somente da índole Japão e Etiópia teriam o mesmo índice de violência. Ou será que japoneses já nascem todos "bonzinhos" e os africanos "maus" ? Foi um exemplo extremo, claro, mas da pra ver que o ser humano ainda é do tipo " macaco vê macaco faz ". Quem respondeu que é a índole somente, provavelmente teve uma infância relativamente tranquila, com uma boa educação e um bom convívio familiar.
Fato que é o resultado de pegar sua indole, sua educação e jogar no liquidificador!
E tem mais, não importa o que a lei permita que eu faça ou não com meus filhos. Se um filho meu fizesse uma coisa assim, não importa a idade: ia apanhar até mudar de cor. Isso se eu não pudesse fazer alguma coisa para que ele passasse uns dias numa cadeia.
Eu ia responder "uma mistura dois dois", mas aí pensei que na verdade o que determina o comportamento é a educação.
Digo isso porque mesmo que eu fosse de má índole, seria incapaz de depredar um patrimônio histórico, por questão de educação.
ai5...froideu.
Educação, sempre. Índoles, cada um tem a sua. Gente de má índole existe e sempre existiu. Mas, quando se fala em educação, pensa-se logo em formação institucional. Creio que não seja bem isto. A sociedade faz escolhas e os núcleos familiares refletem o pensamento vigente, independente do grau de estruturação ou base emocional que este ofereça ao filho. É complexo, no entanto, há alguns anos atrás, um jovem advindo de uma família cruel, em situação de total ignorância e alijamento de direitos, podia se tornar qualquer coisa, menos alguém insensível por completo. Lembro-me de meus colegas de infância. Muitos entraram para o mundo do crime, mas não esqueciam as vezes em que sentaram na mesma mesa que eu, na minha casa, pra almoçar, a convite de minha mãe, que não se conformava em vê-los naquela situação (minha mãe não era uma santa, mas sofria com o drama da fome de uma criança. Não era uma atitude incomum naquele tempo. A gente cresceu, o destino tratou de conduzi-los ao caminho óbvio dos excluídos de verdade, mas nunca minha casa foi assaltada, nunca faltaram com respeito conosco, nunca esqueceram aqueles que demonstraram solidariedade, nem que seja por um instante. Enfim, era o paradigma social daquela época. Hoje o paradigma é outro e, por mais que a família tenha condições de dar uma boa formação aos filhos, não ultrapassam os limites das novas regras: individualismo, egoísmo, desprezo pelo ser humano, retórica acima dos atos, autocentrismo absoluto, desconhecimento e desprezo por tudo que é bem coletivo: filhos de famílias "boas" recebem os mesmos valores que filhos de famílias "ruins" (entendam estes conceitos como quiserem). Isto é educação pra mim. E é ela que define e justifica tais atitudes acima descritas no post.
Independentemente de um jovem ser considerado boa ou má pessoa, há dias maus em que qualquer um tem atitudes estranhas que nem o próprio, passados uns tempos, consegue explicar ou defender.
Não me parece assim tão importante saber a razão de comportamentos desviantes ou destruidores da parte de alguns jovens. Há que esperar para ver em que adultos eles se transformarão. Quase de certeza, os velhos generais assassinos, senhores da guerra, os adultos políticos corruptos e mafiosos, os maduros mentores e criadores de todas as atrocidades e injustiças que pelo planeta inteiro vão se praticando, eles foram exemplares jovens bem comportados que nunca grafitaram patrimônio.
Eu um dia ainda vou pintar um bigode na Mona Lisa.
Com o "paint" em um jpeg, claro.
Rogerio, li teu comentario e pensei numa analogia: associemos boa indole com um diamante bruto; ma indole com um pedaco de bosta; e educacao com o ato de lapidar (bem ou mal).
.
Acho que ja deu pra entender.
cafa eu vi um comentario seu mais nao foi o post inteiro que vc zoou eu ou o politico honesto.e eu mandei uma mensagem e tao tirando os comentarios.
óbvio que é o mapa astrologico.
é um tema perigoso, pq se partir da ideia que a índole é a unica causa das características comportamentais do indivíduo, então não haveria necessidade da educação, já que ela não iria influenciar em nada, o que não é verdade. O ponto acho q esta na forma da educação, que deveria servir para educar com valores morais e éticos.
Mas outro ponto polêmico, a educação da "vara de marmelo" acho q faltou para esses dois ai em idades anteriores.... e agora criaram jovens que não ligam para as consequências de seus atos... Posso estar errado, mas a educação muito frouxa de agora, paradoxalmente, pode criar jovens mais violentos no futuro.....
Me considero uma jovem comportada. Não dou lá muitos problemas com esse tema de educação.
Não sei exatamente de onde sou assim. Provavelmente bor boas surras que levei, pela atenção que eu recebia, educação...A televisão também foi boa para minha formação...
O exemplo também. As influências externas...É muita coisa para a formação de caráter de alguém.
Um jovem sempre pode mudar por causa das influências de amigos, por exemplo, mas eu sempre penso que educação é indispensável para criar um humano.
Os dois.
Com a convivência de quase 35 anos com a espécie humana, inclusive com seres da minha própria família, a minha opinião: quando o bicho é ruim, não adianta educação, amor, carinho, religião, batismo, macumba, dinheiro, Deus, etc, etc, que só vai ficar bom quando estiver bem fundo na terra, ou bem cremado. Não adianta tapar o sol com a peneira, e passar a mão da cabecinha do meliante. Nasceu ruim, vai morrer ruim. E se duvidar, ainda vira alma penada para assombrar os vivos. :lol: :lol: :lol: :lol:
Uma coisa que influencia muito é o meio onde vivemos, amigos e colegas de escola infuenciam muito em nossas escolhas e para seguir o caminho certo só uma boa educação n[ao basta, tem que ter personalidade!
Boa educacao + boa indole : um bom jovem
Boa educaco + ma indole : um jovem cinico e mentiroso
Ma educacao + boa indole : jovem deslocado, mas que segue sempe o que sabe certo
Ma educacao + ma indole : um capeta em forma de guri
Conheco exemplares dos quatro tipos, e acho que o fator chave e bem obvio...
Indole, educação orienta, mas o núcleo é núcleo.
Eu nunca grafitei.
Acho que somos mais complexos que uma coisa só. Não apenas a índole, ou a genética, ou a educação dos pais, ou o ambiente em que vive a pessoa, ou as situações pelas quais ela passou enquanto crescia, mas um conjunto complexo e integrado de todos estes elementos e, provavelmente, de outros mais.
Ambos e mais um pouco.