Acho que isso é uma das formas de arte mais bizarras que você já viu. O artista espanhol David Cata levou os "bordados à mão" a um nível totalmente novo. Usando agulha e linha, ele borda retratos de pessoas que de alguma forma marcaram sua vida nas palmas das suas mãos. Ele chama a série de trabalhos "À flor da pele". |
Acho que é preciso ser muito intenso (ou louco) para ser capaz de fazer algo assim. Entendido, ele borda só na camada superficial de sua pele, mas ainda assim deve doer um bocado quando acidentalmente atravessa sua carne. Ui! Eu assisti dois vídeos de seu trabalho: um onde ele costura a palma da mão e outro onde ele arranca os pontos e realmente não consegui terminar de assistir o último. Vamos apenas dizer que há um pouco de sangue envolvido no processo.
De acordo com David , "À flor da pele" é um "diário autobiográfico" que é suportado por seu corpo. Por isso, ele escreve a história de sua vida costurando na palma da sua mão, - "...os rostos de todas as pessoas que, de alguma forma, me marcaram ao longo da vida, família, amigos , casais, professores. Suas vidas se entrelaçam com o meu corpo para construir a minha história, uma história que termina quando eu fico sem folhas para escrever."
Em seu site, David escreveu que todas as pessoas com as quais cruzamos na vida, passa a fazer parte da gente de alguma forma:
- "Sua imagem projeta em nós, lembrando-nos de onde viemos . Suas vidas se transformam em uma parte da nossa. Cada ponto sobre a minha pele representa isso."
- "Cada momento vivido permanece na memória para ser finalmente esquecido", disse ele. - "De alguma forma, esse fato é doloroso, uma vez que existem apenas coisas materiais e traços que as pessoas deixam para trás."
Ao que parece, é essa dor que David escolhe retratar através de sua arte. As palmas bordados parecem simbolizar a união e separação, dor e amor.
- "A dor física não é um limite", acrescenta David. "Isso nos une ainda mais por pensar que minha mão foi marcada, por pensar que, naquela época, minha mão tocou sua mão."
Pois David não é o único a cometer loucuras com a palma da mão em nome da arte, a artista Eliza Bennett também se torna parte da própria obra em sua séria intitulada "Trabalho de uma mulher nunca termina", também usando a palma da sua mão como telas. Da mesma forma Eliza costura a camada superficial de sua pele com linhas coloridas com o objetivo de criar a imagem de um incrivelmente mão desgastada pelo trabalho.
Ao justapor a técnica feminina de bordado com a aspereza de trabalho feito à mão, a artista diz querer desafiar a noção pré-concebida de que o trabalho feminino é leve e fácil. De acordo com Bennett, seu projeto pretende abordar os efeitos do duro trabalho das mulheres; trabalho esse decorrente de sub-empregos com baixos pagamentos, tais como auxiliares e zeladoras, tradicionalmente considerados trabalho das mulheres.
O resto de seu trabalho tem uma abordagem semelhante às questões de gênero, o uso de imagens ou formas levemente perturbadoras para lidar com questões relativas a "objetificação" feminina. Para ver mais, visite seu site!
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Comentários
Eu conseguiria fazer isso no meu pé de boa, nem dói...mas na mão sem chance, não tenho a mão cascuda que nem a desse cara!
hahahahaha, isso nem dói, galera (serião).
Assisti ao vídeo em que ele arranca os pontos e achei fraco (pensei que tivesse mais sangue).
Fique para ele mesmo.
Ai véi... Que coisa ruim de se ver!
Insano. Dispensa trocadilhos.