O vídeo de uma tradição de 47 anos de idade, na Universidade Nippon Sports Science do Japão (NSSU), se tornou viral na rede em novembro de 2010. "shuudan koudou", que significa "ação coletiva", é uma rotina única, onde um grupo de estudantes faz uma espantosa e incrível exibição de marcha em perfeita sincronia. |
Em 14 de novembro último, 77 alunos realizaram diante de uma multidão de 11.000 pessoas nas festas da universidade, sua rotina de caminhada que foi semelhante ao exercícios de movimentos sincronizados de bandas militares, mas com um grau de complexidade e precisão muito maior. Assista ao vídeo e veja a forma como se movem, é simplesmente alucinante.
Antes do programa, os alunos praticaram em média três dias por semana, durante cinco meses seguidos. O treinamento incluiu exercícios, como contagem de passos, para que pudessem fazer uma exibição deslumbrante. Eles acabaram andando quase 1.200 km durante os treinos (mais do que a distância entre Porto Alegre e Rio).
Keiko Suzuki, 23 anos, a capitã da equipe, disse:
- "As pessoas dizem que os jovens japoneses nos dias de hoje não têm mais a capacidade de trabalhar em conjunto, e nós provamos podemos e muito bem!" Ela também disse que o treinamento lhes daria uma vantagem em sua busca de trabalho:
- "Nós todos dominamos esta formação altamente disciplinada e tornamos como nosso hábito seguir regras rígidas. Acredito que essa experiência será de muita valia à medida que entramos no mercado de trabalho."
As marchas de movimentos sincronizados estão inseridas profundamente na cultura japonesa. Nas escolas japonesas, as crianças devem ficar em fila e "cobrem" uma a outra para ver se estão equidistantes uns dos outros antes de marchar para a sala de aula. As marchas da NSSU é uma tradição muito popular, é quase como o equivalente ocidental da torcida. As rotinas complicadas são praticadas desde 1966, e a primeira exposição de estudantes do sexo feminino aconteceu em 2011.
NSSU é famosa por produzir medalhistas de ouro olímpico, lutadores de sumô e, surpreendentemente, políticos. Muitos de seus formandos vão trabalhar como professores de Educação Física, treinadores e técnicos. O festival anual é destinado a ser uma exibição de proezas atléticas dos estudantes.
Enquanto isso aqui no Brasil, o máximo de sincronização que os jovens conseguem é o tal de "rolezinho", como ficaram conhecidos os encontros marcados por adolescentes pela internet para passear ou manifestar. Nada contra, é até muito bacana que saiam um pouco da frente da tela do computador e vão ali fora curtir um pouco a vida de verdade ou que manifestem seu repúdio pela limitação e segregação de espaços ou ainda que reclamem por qualquer tipo de discriminação. O problema aparece quando bandidos se misturam a estes jovens e bem sabemos que um tomate podre pode estragar toda a cesta, que foi o que aconteceu quando um guarda municipal foi linchado durante um rolezinho no Bosque Maia, em Guarulhos, no último domingo (12/01).
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Comentários
Marisa... Não é questão de olhar para a "bunda" das pessoas. Realmente posso dizer que os coreanos,japoneses e outros são muito parecidos! Veja os integrantes de grupos coreanos (SNSD,por exemplo). Tente diferenciar cada membro em vários clipes. Não dá,certo? Para conseguir reconhecer cada um o indivíduo têm que ser muito fã! O porquê disso é simples! É só lembrar dos descendentes no Brasil. Aqui no Brasil existe uma grande variedade de etnias,"tendeu"?
da pra ver a semelhanca nos videos do role e da universidade japonesa,alias da ate pra comparar dizendo que sao todos iguais ou muito parecidos os japoneses,no brasil infelizmente ninguem olha mais no rosto das pessoas,tudo que olham e bun.da,as manchetes de jornais online ja abrem falando de calcinha fio dental bun.da ,
Eles são muitos e são parecidos. Essa é a força deles. Como as zebras.
Eu li alguns links sobre os "rolezinhos", esses dias. As opiniões se dividem: alguns apoiam, outros acham contra, comentários preconceituosos, enfim. Quanto ao último vídeo: comportamento repugnante o desses "linchadores".
Os primeiros vídeos com relação ao último mostra a organização e forma de viver de um povo.
Não sou contra os meios de protestos ou reivindicação de direitos do cidadão, mas para mim tanto os protestos de Julho de 2012 quanto esses tais "rolezinhos" são formas de badernas organizadas, não de diversão ou reivindicação de direitos.