Um professor contra a seguridade mundial

Os experientes que trabalham nas empresas de segurança estão preocupados. É que um professor da Universidade de Sonoma State, Califórnia, está ensinado a seus alunos como criar todo tipo de malware. Como é lógico, a indústria não vê este tipo de ensino com bons olhos, mas George Ledin assegura que se trata de "uma prática interessante para formar os estudantes." A polêmica está servida.

George Ledin é um expert em segurança que é também professor na Califórnia. Por estes dias toda a rede vem falando dele, já que ficou famoso ao afirmar que os produtos de segurança atuais são fáceis de ser superados, e que há a necessidade de uma educação diferenciadas às novas gerações de programadores. E é isso mesmo que ele está fazendo.

Um de seus alunos, Lincoln Peters, afirma que "não há como ter um plano defensivo se não sabe qual é o plano ofensivo de seu atacante". Peters sabe do que fala, já que é consultor numa agência de defesa do governo dos Estados Unidos. O "x" da qüestão, que deixou bem mais que um estudioso "tradicional" com o "cabelo em pé", é que Ledin em suas aulas ensina os alunos como criar vírus, trojans e outros tipos de códigos maliciosos.

A seu favor pode-se dizer que todas as provas são efetuadas num meio totalmente fechado e sem conexão a Internet, pelo que a possibilidade que sem querer algum estudante crie a próxima ameaça mundial fique bastante reduzida. Segundo o professor, só tentam demonstrar a existência da vulnerabilidades e ameaças de nossos computadores.

Ledin não é, como se diz, um herói para a indústria da segurança informática. No entanto, para quem usa computadores todos os dias, suas idéias parecem ter bastante lógica: se um programador tem que criar software de defesa contra programas maliciosos, parece boa idéia que se conheça exatamente como funcionam.

McAfee, Symantec e outras empresas produtoras de software de segurança temem que, graças à atitude de Ledin, os 5 biilhões de dólares que gastam em pesquisas ao ano possa ser dinheiro jogado no lixo, por culpa da fuga de algum dos códigos que escrevem seus alunos.

Trata-se de um tema o suficientemente complexo como para determinar rapidamente qual é o ponto de vista acertado.

E você, o que acha? Qual seu ponto de vista sobre o método de ensino de George Ledin?