Em dezembro de 2015, nós contávamos como Samuel Forrest tornou-se pai de Leo, quando, momentos após o parto, os médicos diagnosticaram o recém nascido com síndrome de Down. Samuel ficou chocado ao ouvir a notícia, mas um segundo depois de ver o filho não teve nenhuma dúvida de que amava seu pequeno incondicionalmente. Mas então veio outro golpe inesperado: sua esposa, Ruzan, deu-lhe um ultimato. Ela não queria criar um bebê com de Down, e assim disse a Samuel que ele deveria escolher entre seu casamento e o filho... Ele escolheu Leo. |
Samuel vivia na terra natal de Ruzan, em Yerevan, Armênia. Na verdade morava na casa dos pais dela e deixou de ser bem vindo logo depois que a mulher abandonou o filho e deu início na papelada do processo de divórcio. Por isso ele decidiu levar Leo para sua família na Nova Zelândia. Samuel precisava de ajuda para voltar para casa e iniciou uma campanha de financiamento coletivo onde solicitava 60 mil dólares para começar a vida de novo na sua terra, e uma vez que sua história se tornou viral, estranhos de todo o mundo doaram mais de 500 mil dólares para ele.
Agora, um ano mais tarde, a vida está muito diferente para Samuel e Leo. Em uma entrevista exclusiva com a ABC News, Samuel revela uma surpreendente virada nos acontecimentos que aconteceram logo após que a sua história original tornou-se viral, mas nunca foi dilvulgada... até agora.
Samuel diz que sua esposa entrou em contato três semanas depois que ele e o filho e Leo se mudaram para a Nova Zelândia. Em uma conversa com Ruzan no Skype, ele percebeu que sua esposa estava passando por um momento difícil com a idéia de criar um bebê com necessidades especiais.
- "Ficou muito claro para mim que o problema principal foi a pressão cultural", disse. - "Eu finalmente concordei em encontrá-la e ela pegou Leo no colo pela primeira vez. Antes disso, ela não tinha a menor idéia do que a síndrome de Down realmente era, ou que havia esperança", acrescentou.
Ruzan, 30 anos, disse que sentia que "o mundo estava contra mim" depois que seu marido compartilhou sua história globalmente.
- "Eu li todos os comentários e não gostei da sensação de centenas de pessoas me xingando e perguntando 'Por que você deixou seu filho?'", disse ela. - "Foi muito ruim. Eu estou muito grata que a minha família tenha me dado uma chance, porque eu não sei o que eu faria sem eles. Isso me fez muito feliz."
Sim, pouco depois que o casal conversou através do Skype quando Leo tinha cerca de um mês de idade, Samuel e Ruzan se reconciliaram. Ruzan diz que cancelou o divórcio e se mudou para a Nova Zelândia para viver com o marido e o filho. Ela conta que no começo estava muito assustada:
- "Eu não sabia o que era a síndrome de Down. Os médicos disseram que meu filho seria como um vegetal. Foi muito assustador. Eu acho que eu também era muito egoísta e então veio a depressão pós parto... acho que foi tudo isso junto", explica a mulher.
Grande parte das pessoas nas mídias sociais não acreditam e nem perdoam Ruzan, no entanto. Se antes ela foi criticada por ter abandonado o filho e o marido, agora ela é acusada de ter se reaproximado dos dois apenas por interesse financeiro.
- "Eu o amo muito", acrescentou. - "Um ano atrás, eu não poderia imaginar a vida com ele e agora realmente não posso imaginar minha vida sem ele. Ele está me mudado tanto. Eu posso dizer que sou uma pessoa diferente agora."
Tomara!
Fonte: ABC.
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Comentários
Cada um podria ter o direito de escolher se quer ou ão ter filhos defeituosos.
Filhos são para dar alegria não incomodo e tristeza.
Eu espero que tudo acabe bem.
Eu também a critiquei na época pq não consigo conceber uma mãe que abandona o filho bebê.
Só que eu a julgava por mim, pela mãe que eu sou e, claro, entendo que se algumas mães de primeira viagem acabam por ter tanto medo com um filho sem diferenças ou deficiências (sei lá como me referir à ele sem ferir suscetibilidades), imagine sabendo que enfrentará muitos desafios pra criá-lo.
Se ela realmente se arrependeu e se fortificou, a criança será mais feliz se os pais estiverem unidos.
Voltou depois dos 500 mil dólares. Coincidência...