Ganham uma viagem como prêmio de um shopping, mas quando descobrem as condições, recusam

A letra da canção diz que "♪♫ É moleza mandar a tropa atacar na tela do computador. Sem o cheiro, sem o som, sem ter nunca estado lá, sem ter que voltar pra ver o que restou... fica mais fácil. ♪♫" Dessa forma os conflitos armados parecem tão longínquos desde a tela de nosso computador que fica mais fácil falar, emitir opiniões e julgar. Mas independente dos conciliábulos políticos e a indiferença do mundo, as pessoas ali, independente de credo, raça, idade e gênero, precisam de ajuda imediata.

Os campos ermos desérticos não são apropriados para a agricultura, as cidades bombardeadas não voltam a se erigir levantar sozinhas e os seres queridos não regressam nunca mais. Em um dia você está vivendo sua vida com maior ou menor alegria e no seguinte já não tem nada e deve desviar da chuva de bombas.

É como se de repente você ganhasse o prêmio de uma espécie de loteria dos infernos. Um prêmio maldito que não pediu, mas o destino se empenhou em entregar.

Assim começa a nova, impactante e comovedora campanha da Unicef que pretende criar consciência sobre a situação dos refugiados e imigrantes que chegam a Europa em busca de uma vida melhor.

Sob o lema "A viagem de sua vida", a entidade simula um sorteio em um shopping onde os felizardos ganham uma viagem gratuita e de longa duração através de Grécia, Istambul, Viena e outras grandes cidades européias.

Depois da alegria inicial, o apresentador continua explicando as condições do "prêmio". Há que viajar em família e não pode ser recusado, deve a pé, dormindo em acampamentos, passando fome...

As caras de felicidade iniciais se tornam amargas e parece que uma vez mais, todos (eles e nós), voltamos a lembrar de coisas como Síria, Chade, Palestina... e a todas suas pobres vítimas.