«Eu sabia #@$%!» Estudo diz que pessoas inteligentes falam mais palavrões

Todos, inclusive os mais cultos e comedidos dos seres humanos, já pronunciamos uma ou outra grosseria de vez em quando. Seja em tom jocoso ou irônico, como piada ou para desqualificar alguém em um determinado momento. Isto não nos transforma em pessoas com um vocabulário mais reduzido, senão que todo o contrário, nem nos torna mais ignorantes como alguns podem pensar. Ao menos isto é o que afirma a ciência em um estudo sobre a linguagem realizada no final de 2015, publicado no jornal Language Sciences.

Em sua conclusão, o estudo infere que as pessoas que utilizam mais grosserias não são menos inteligentes que aquelas que usam menos. De fato, estes apresentam um melhor manejo do vocabulário e fluidez à hora de falar.

A pesquisa coletou todos estes dados através de um experimento em que participaram milhares de jovens de idades compreendidas entre 18 e 22 anos, onde estes deviam dizer todos e cada um dos palavrões que passassem por sua cabeça, sem importar o grau dos mesmos, durante um minuto. Depois, deviam fazer o mesmo, mas desta vez com nomes de animais.

Para espanto dos pesquisadores, e seguramente para a grande maioria de todos nós, as pessoas que mais obscenidades pronunciaram em um minuto, foram também o que mais animais conseguiram nomear, independentemente do gênero. Isto levou a concluir que: a quantidade de impropérios que manejamos está estreitamente relacionada com a riqueza de nosso vocabulário.

Mas a coisa toda não para aí. Aqueles que costumam dizer blasfêmias, também sabem identificar muito melhor as diferenças entre cada uma delas, isto é, que sabem perfeitamente quais podem ser utilizadas em um âmbito amistoso, e as que são utilizadas para insultar alguém, ou as que usamos como expressões inofensivas em um determinada situação pontual, como quando damos uma tropicão, ou quando lembramos que esquecemos o fogão aceso ou a "'porra" da roupa no varal.

De modo que já sabe, quando alguém se atrever a criticá-lo por seu vocabulário, já pode justificar com os dados deste estudo científico que avaliza que sua riqueza léxica é maior do que a dele. Se ele duvidar você pode se expressar com toda riqueza de seu conhecimento.

Fonte: Medical Daily.