Por quase 50 anos, a segregação racial sistemática falou mais forte na África do Sul. Embora os ventos da mudança tenham chegado no início dos anos 90 e as leis foram derrubadas, o apartheid já havia se infiltrado na arquitetura separatista do país, que foi projetada com uma separação em mente. Estradas, rios e campos funcionavam como "zonas tampão" para separar as pessoas por raça e classe social. |
A separação deu ao governo a capacidade de reduzir o acesso da comunidade negra à educação, empregos de alta qualidade e recursos da cidade, levando a divisões extremos de riqueza.
No começo deste ano, o fotógrafo Johnny Miller decidiu que iria tentar capturar o que ele chama de "a arquitetura do apartheid" de cima. Ele mesmo confessa que ficou surpreso com os resultados.
Miller compartilhou gentilmente algumas de suas fotos com a gente. Você pode conferir mais sobre o seu projeto, "Cenas Desiguais", em seu site.
A Cidade do Cabo é uma cidade como nenhuma outra. - "É incrivelmente bonita", diz Miller, - "É a mistura Sul Africana por excelência do primeiro e do terceiro mundo."
Os negros, por vezes referido como "colored", foram marginalizados no país há centenas de anos. Começando em 1948, o apartheid protegi a racismo nos termos da lei.
Nos anos seguintes, os negros foram retirados à força de suas casas em áreas rurais e fundaram favelas. Os novos desenvolvimentos foram afastadas de modo a evitar que as pessoas negras se unificar sob uma organização nacionalista.
O apartheid não existe mais. Mas apesar de tanto tempo que tenha deixado de existir, muitos moradores negros ainda vivem em barracos de zinco, confinados na areia, áreas áridas longe da cidade.
As pessoas brancas, ricas moram em bairros chiques no litoral Atlântico e perto da Table Mountain, mais perto do centro da cidade e dos seus recursos.
- "Curiosamente, às vezes você tem comunidades muito pobres que, por uma razão ou outra, foram fundadas no meio dos bairros muito ricos", diz Miller.
Miller queria documentar essas áreas. Ele usou um site que transforma dados do censo em um mapa interativo e fez uma triagem dos moradores por etnia, renda e idioma.
O Google Maps ajudou a identificar zonas seguras onde ele poderia alçar e pousar um drone DJI Inspire One.
Os resultados são incríveis. - "Eu sabia que as divisões eram extremas," diz Miller, - "Mas eu não sabia o quão extrema eram até que eu voei por cima."
Suas fotos foram vistas por centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, levando a uma ampla gama de reações, incluindo alguns comentários intolerantes.
- "As pessoas têm medo do desconhecido, de alguém com uma linguagem diferente, uma cor diferente, uma cultura diferente", diz Miller.
- "E esse medo é compreensível com base na história e nas circunstância, mas também tem que mudar."
Fonte: Johnny Miller via Demilked.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários