O desastre nuclear de Fukushima, cujas consequências foram enfatizadas pelas autoridades, mas que muito provavelmente seguirão gerando um grave e misterioso rastro, obrigou o abandono repentino de uma cidade. Cinco anos após o acontecimento a zona segue intacta, nem sequer o tempo teve acesso aos supermercados, casas e lavanderias que de repente, e sem a despedida de seus usuários habituais, se afundaram em um radical esquecimento. |
Debochando de inúmeras protocolos de segurança e barricadas, além de uma estreita vigilância policial, o fotógrafo malaio de 27 anos Keow Wee Loong aventurou-se a visitar a zona evacuada, altamente tóxica, que hoje é Fukushima.
Keow documentou os espaços que até agora se mantiveram completamente intactos, envolvidos em um halo de ruptura e nostalgia. Cabe assinalar que o temerário fotógrafo ingressou equipado unicamente com uma máscara antigás, desafiando assim os perigosos níveis de radiação que impregnam a área. Aqui compartilhamos o resultado da perigosa aventura:
Fukushima, ao contrário que Chernobyl, não foi saqueada ainda.
Muitos animais entraram nos supermercados abandonados em busca de comida.
Expositor de revistas para adultos segue tal e qual foi deixado em 2011.
Todas as revistas desta livraria têm data de março de 2011.
Produtos de higine bucal aionda selados.
Videoclube com sucessos cinematográficos de 5 anos atrás.
Muita gente deixou inclusive suas roupas no meio da lavação. Ele encontrou várias moedas de 100 ¥ pelo chão.
O tempo se deteve em Okuma, Namie, Futaba e Tomioka.
O supermercado Benimaru Tork segue mantendo muitos de seus produtos no mesmo lugar em que foram depositados faz 5 anos.
Revistas para adolescentes, todas com a mesma data.
A estação de metro de Namie.
O terremoto causou também alguns destroços.
Buteco abandonado em Namie.
Loja loja de música e revistas.
Carro abandonado desde 2011.
Uma das barricadas na cidade de Okuma.
A natureza começa a se apoderar do Family Mart.
Resíduos radiotivos que podem ser encontrados por todas as partes na zona de exclusão.
Carro abandonado em um shopping de Tomioka.
As ruas são as de uma cidade fantasma.
Loja de sapatos.
Algumas construções não agüentaram o terremoto.
Casas abandonadas às pressas.
Uma caixa de PS2 sem abrir dentro de uma das casas abandonadas.
Ainda que ninguém circule por suas ruas, os semáforos seguem funcionando.
A floricultura secou por completo.
A 100 metros encontraríamos a central de Fukushima.
Keow Wee Loong é temerário, mas não é burro. Ele conta que antes consultou as autoridades sobre as possibilidades de visitar o local legalmente. Ele disseram que o fotógrafo precisaria de uma licença especial que demoraria de 3 a 4 semanas para a aprovação do conselho local, mas uma série de papeladas. Para evadir toda esta burocracia ele e mais dois amigos simplesmente se esgueiraram pelo meio do mato para evitar os postos policiais.
Para realizar o tour ele contou com a ajuda dos amigos, pois sua permanência na área estava limitada a algumas poucas horas já que a radiação presente à zona é daninha para o corpo humano.
Fonte: Imgur.
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Comentários
Excelente documentário, pena que CAGOU ao usar HDR nas fotos. Quando vão se ligar que isso estraga as fotos em condições normais ao invés de ajudar?
A terra do Sol nascente é amaldiçoada por Prometeu.
Se não é vulcão é bomba nuclear ou usina com vazamento.
Sem contar que no período Edo (shogunato) a cidade - hoje Tóquio - sofria constantemente com incêndios.