Quando a tecnologia encontra a dança

Primeiro foi a projeção de vídeo. Então chegou o mapeamento de vídeo digital e tudo mudou. Mapeamento arquitetônico, mapeamento de fachadas, mapeamento 3D, projeção mapeada são algumas das expressões utilizadas para definir estes novos formatos artísticos. O âmbito de aplicação destas técnicas é a chamada Realidade Aumentada, uma sobreposição de revestimento virtual sobre estruturas materiais com o objetivo de modificar a percepção visual que criou um novo segmento dentro da arte.

Sobre a base destes experimentos de realidade aumentada foram criadas obras de vídeo e espetáculos teatrais que brincam com cenografias, atores virtuais e proporcionam um mapeamento 2D e 3D de grande realismo com projeções sobre enormes superfícies: paredes de palácios, castelos, torres, mas também telões teatrais, como esta apresentação realizada por um rapaz chamado Shijirbat no Got Talent da Mongólia, que combina perfeitamente tecnologia e dança para criar uma rotina inesquecível.

O bacana desta técnica é que agrega uma audaz interação entre a solidez da arquitetura e a fluidez das imagens em movimento. Se o artista de rua Julian Beever rebatizou familiarmente o Pavement Picasso usando giz para criar efeitos ilusionistas tridimensionais anamórficos nas ruas, agora é a tecnologia de vídeo que se mostra capaz de enganar ao olho e de nos fazer crer ver o que não está ali.

A gente fica ainda mais boquiaberto quando descobre que o dançarino do vídeo apresentado foi também o responsável pela programação nesta versão estendida com legendas em Inglês: