Meu pai morreu muito cedo e em função disso fui criado por minha avó porque minha mãe tinha que trabalhar fora para nos sustentar. Minha avó sempre me dizia, sobretudo quando eu chorava, que quando fosse adulto eu não deveria demonstrar esta fraqueza para minha família (com família ela queria dizer filhos e esposa). A primeira vez que fraquejei foi quando tive que vender um carro que eu adorava, um Miura, para poder aumentar a casa para a chegada de minha filha. |
Eu estava feliz por ser pai, lógico, mas -ainda que isso possa suscitar uma bobagem consumista, que provavelmente alguns não entenderão- fiquei triste por ter que vender o carro e por enfim colocar em prática o que minha avó dizia, afinal fingir que não dói, dói em dobro.
Eu sempre pensei que um dia iria comprar esse modelo de carro de novo, mas sempre surgiram outras coisas mais importantes e fui procrastinando o sonho que hoje, por verdade, nem mais existe.
Eu decidi contar tudo isso, pois a história deste vídeo me lembrou muito. Charles Marvin Green Jr., mais conhecido na rede como "Angry Grandpa", foi levado às lágrimas quando ganhou seu carro dos sonhos, um clássico Chevy Bel Air 1955, o mesmo modelo que ele possuía quando tinha 16 anos. O filho de Green, Michael, o surpreendeu com o carro como um presente e gravou um vídeo antes de mostrar o carro a seu pai.
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Comentários
Há algum tempo , no consultório do dentista, eu estava ouvindo as notícias do jornal da manhã sobre os roubos e falcatruas dos políticos e instituições do país.
O dentista matraqueava sobre vários assuntos me deixando chateada por não poder prestar atenção direito na TV.
Quando ele percebeu o meu interesse tirou aquele espelhinho da minha boca e me deixou comentar que eu queria que todos ardessem no inferno. (e que é só um modo de falar)
Nesse momento ele perguntou se eu gostava de biologia e se já tinha feito o experimento de plantar o feijãozinho no algodão.
:-(
A gente nasce, cresce (pode ou não deixar sementes) e morre. Só. Não há outra vida.
Por mais que eu queira acreditar nisso, que há uma continuação, eu não consigo.
E qual a vantagem de ser legal, ter caráter, tentar sempre fazer coisas boas se não há recompensa depois?
As sementes e outras pessoas que a gente ama vão usufruir de todo bem que a gente fizer.
Romantismo? Pieguice? Que seja.
Carpe Diem.