Fredrik Lerneryd passou o último ano e meio fotografando a um grupo de bailarinos no bairro marginal de Kibera, em Nairobi, no Quênia, um dos maiores subúrbios da África. Em suas fotografias podemos ver como os protagonistas, com collants azul ou roxo brilhante, com os braços e as pernas esticados, contrastam com seu meio: paredes e pisos monocromáticos e nenhum adorno. O fotojornalista sueco não se sentiu atraído por estes bailarinos porque eram famosos (nem sequer profissionais). Em suas fotos só aparecem jovens alunos que estudam dança para se divertir. |
- "Entrei em contato com os bailarinos quando estava trabalhando em outra história", explica Fredrik. - "E fiquei muito tocado com o que vi."
Sua série, ainda em curso, está cheia de imagens de corpos flutuando e caras expressivas. Fredrik não dispensa tanta atenção no rigor do trabalho como na visível determinação dos jovens. Algumas destas fotos também oferecem uma perspectiva da realidade dos assentamentos informais em Nairobi, uma cidade que é lar de mais de 2,5 milhões de pessoas em aproximadamente 200 bairros marginais.
Ao longo de mais de um ano, Fredrik observou como a confiança dos bailarinos crescia à medida que iam dominando novos movimentos, por sua vez melhorando sua autoestima e lhes dando força em sua vida diária. Quatro dos bailarinos do programa de balé de Kibera mudaram-se recentemente a um internato fora do bairro. Agora ensaiam em um estúdio de balé em Karen, um bairro mais avançado de Nairobi. Em dezembro participaram na produção do "O Quebra-Nozes" no Teatro Nacional de Nairobi.
Se gostar das seguintes fotos (e com certeza vai) pode ver mais obras do fotógrafo em seu perfil do Instagram.
Panorama de Kibera, o maior subúrbio da África.
Via: Fredrik Lerneryd
Pamela pratica balé em frente à casa de sua família em Kibera.
Via: Fredrik Lerneryd
Ainda que o espaço seja pequeno, umas 30 crianças se ajeitam para dançar sem esbarrar nesta classe.
Via: Fredrik Lerneryd
Mike Wamaya é um ex-bailarino profissional e professor de balé que se dedica a ensinar as crianças do Kibera.
Via: Fredrik Lerneryd
O balé é parte da Anno's Africa, uma organização beneficente que também oferece, entre outras, aulas de arte, música e dança tradicional nos bairros marginais do Quênia.
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Cynthia e dois garotos do grupo passam a seus colegas as sapatilhas de balé doadas.
Via: Fredrik Lerneryd
Shamick, de 13 anos, é um dos estudantes mais velhos. Ele é encarregado de substituir Mike, o professor, quando este tem que atender uma chamada ou sair da aula alguns minutos.
Via: Fredrik Lerneryd
A escola onde se ensina balé não está em as melhores condições. É um edifício antigo com algumas janelas quebradas e sem portas.
Via: Fredrik Lerneryd
Enquanto a aula acontece, outros crianças, sobretudo garotos, reúnem-se em torno da porta e janelas para dar uma olhada.
Via: Fredrik Lerneryd
Chega um momento da aula em que praticam um por um. É aí onde as crianças podem se mover com maior liberdade e ensaiar seus movimentos por sua conta.
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Wendy foi a uma audição para o Dance Center Kenya este ano, mas não foi aprovada. Agora aspira tentar novamente no próximo ano.
Via: Fredrik Lerneryd
A mistura de música clássica, a voz de Mike com seu "um, dois, três, quatro" e as coloridas vestimentas transformam a sala fria e cinza em um verdadeiro estúdio de balé.
Via: Fredrik Lerneryd
Cooper Rust é a diretora artística do Dance Center Kenya. Diz que ainda que as crianças de Kibera ensaiam em uma pequena sala velha e sem sapatilhas, não vê muitas diferenças com as crianças que vão a seu estúdio várias vezes por semana.
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- "Quando era pequena, via o balé na TV e gostava de ver a dança na ponta dos pés. Quis ser bailarina desde então", conta Pamela, de 13 anos, uma das alunas mais veteranas da classe.
Via: Fredrik Lerneryd
Mike também ensina expressão corporal para as crianças como forma de dar ainda mais autenticidade aos movimentos.
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Algumas das garotas mais velhas praticando uma coreografia que fazem juntas.
Via: Fredrik Lerneryd
Alunas, se alongando e preparando para o começo da aula.
Via: Fredrik Lerneryd
Alguns dos alunos mais velhos vão uma vez à semana a uma classe superior na escola de balé de Karen, em Nairobi. As rotinas são as mesmas que em Kibera, mas aqui o piso é de madeira e a sala é bem mais luminosa.
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Wendy pratica enquanto é animada pelo resto de alunos. Cada um tem a sua vez e aprende com os demais.
Via: Fredrik Lerneryd
As sapatilhas de balé são objetos muito preciosos para o grupo. Os meninos ocupam em armazená-las e mantê-las em bom estado. Ainda que os alunos praticam descalços.
Via: Fredrik Lerneryd
Pamela assegura-se de que sua roupa e suas sapatilhas estejam sempre em bom estado.
Via: Fredrik Lerneryd
As bailarinas fazem seus deveres entre as aulas para que suas notas sejam tão boas como suas coreografias. Sabem que as boas notas e a dança são duas coisas que podem tirá-las algum dia de Kibera.
Via: Fredrik Lerneryd
No estúdio de Karen podem praticar todos os movimentos sem limite de espaço.
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George atuou no "Quebras-Nozes". O contraste entre as aulas de dança em Kibera e o Teatro Nacional é incrível.
Via: Fredrik Lerneryd
George e Shamick, nos bastidores durante o ensaio do "Quebras-Nozes" no Teatro Nacional de Nairobi.
Via: Fredrik Lerneryd
Pamela e George têm um papel principal no balés no teatro nacional.
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Pamela espera sua vez para entrar no palco durante um ensaio no Teatro Nacional de Nairobi.
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George, como "O Quebras-Nozes".
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Pamela e outras duas bailarinas preparando-se antes do show da noite inaugural.
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Pamela, na obra "Quebras-Nozes". Graças a seu talento, a vida de Pamela melhorou muito: agora dança em um estúdio de balé e se mudou para um internato fora do Kibera.
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A garota, sempre um pouco tímida. é aplaudida de pé.
Via: Fredrik Lerneryd
Aplausos do público depois da estréia do "Quebras-Nozes" no Teatro Nacional de Nairobi.
Via: Fredrik Lerneryd
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