Facebook transformou-se no aquário digital do mundo, os usuários nadando em mares de dados que os próprios fornecem a rede social que os capitaliza. Ainda que todos somos partes desta mistura de laboratório social com bolsa de valores, existem quatro grandes tipos de usuários, segundo um estudo recente publicado no Journal of Virtual Communities and Social Networking e realizado por pesquisadores da Escola de Comunicação da Universidade Brigham Young, localizada em Provo, Utah, Estados Unido. |
Os quatro tipos de usuários são: construtores de relações, compradores de vitrines (window-shoppers), criadores de comunidades (town-criers) e os selfies. Na pesquisa realizaram questionários com uma metodologia estatística para conhecer a forma em que os usuários interagem e percebem o FB. Incluindo frases como "Facebook é uma fonte de estresse, e me deprime" e "Facebook é uma maneira instantânea de pedir ajuda ou algo que preciso das pessoas".
Construtores de relações
Estes usuários usam a rede social como antes eram usados o correio e os telefones fixos, para robustecer suas relações. Acham que o Facebook permite-lhes expressar o amor que sentem por sua família e amigos e experimentar o amor que estes expressam. De certa forma estes usuários não estão tão conscientes da imensidão do Facebook, senão que o vivem como um pequeno nó de relações íntimas. Costumam postar abundantemente, "taggear" e comentar, como se estivessem na comodidade de uma relação familiar. Talvez teria que descrevê-los como os que mantêm suas relações, não só as constroem.
Compradores de vitrines
Estes usuários sentem-se obrigados a estar em Facebook como algo inescapável -uma parte inevitável da vida moderna-, já que todos estão ali, mas não costumam participar muito: não divulgam informação pessoal, nem compartilham fotos ou escrevem atualizações. São um tanto voyeuristas, no sentido de que chegam a usar a rede social para analisar a pessoas que lhes interessam, mas não o farão de forma explícita. São como as pessoas que não entram nos lugares, senão que olham à distância.
Criadores de comunidades
Estes usuários costumam compartilhar informação, especialmente links de notícias e memes, mas não tanto sua informação pessoal. Usam o Facebook como um meio para publicar notícias e influir, mas preferem realizar suas comunicações pessoais de maneira privada. Em geral são jornalistas, blogueiros, ativistas e organizadores de eventos que percebem a Facebook como uma caixa de ferramentas.
Selfies
Este grupo está identificado com um fenômeno que existe abundantemente na mídia social e que já objeto de muitos estudos relacionados ao narcisismo dos milênicos nas redes sociais. São pessoas que buscam chamar a atenção e validar suas próprias personalidades. Também usam o Facebook para construir relações, mas a partir desta necessidade de validação e da possibilidade de editar suas próprias vidas e sua personalidade para que sejam populares. Vivem de curtidas e estão constantemente checando notificações, que parecem servir como dose vital de dopamina em suas vidas.
Fonte: Quartz.
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Comentários
Não sou nenhum tipo deles, deletei minha conta no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn faz 4 anos e 4 meses e não sinto a MENOOOOOOR falta dessas bostas. Tenho uma conta "ghost" em algumas destas plataformas para poder acessar alguns sites de empresas imbecis que só tem presença na Internet via estas ferramentas "sociais".
Sou o quinto tipo, que tem um perfil só pra não ser considerado psicopata (como alguns estudos já fizeram o favor de mencionar).
Entro uma vez por mês e já é muito.
Bom mesmo era o Orkut. Tinha várias comunidades ótimas. Claro, tinha as de zoeira também, mas as comunidades sérias eram verdadeiros fóruns, rolava muita coisa boa lá.