Depois de examinar uma rota para uma linha de telégrafo através da Sibéria para a Companhia de Telégrafo Russo-Americana, em 1864, o americano George Kennan acabou muito bem sucedido na venda de artigos, palestras e um livro sobre suas viagens pela região e seus encontros com as diversas culturas nativas. Ele logo fez outra viagem pelo norte do Cáucaso, tornou-se famoso na América como especialista em Rússia e obteve a aprovação total do governo czarista para fazer seus périplos na região mais gelada do planeta. |
Um grupo de condenados sentenciado ao trabalho pesado.
Em maio de 1885, George retornou à Rússia novamente. Após o assassinato do imperador Alexandre II, em 1881, o governo havia reprimido os manifestantes, dissidentes e suspeitos de grupos rebeldes. George decidiu se concentrar nas fileiras de criminosos e prisioneiros políticos que enfrentavam o exílio e o trabalho duro nas ferozes tundras da Sibéria.
No decorrer de suas reuniões com dissidentes e condenados exilados em assentamentos penais remotos, prisões terríveis e minas perigosas, George começou a questionar seu próprio apoio ao governo czarista.
Quando voltou para a América, ele publicou suas descobertas em um livro de dois volumes, chamado "A Sibéria e o Sistema de Exílio". Ele se tornou um defensor franco da revolução democrática na Rússia e foi banido do país em 1901. Neste post você acompanha as imagens feitas por George naquele antanho.
Um retrato de estúdio de um prisioneiro russo com correntes nas pernas.
Condenados em Tyumen esperam para embarcar em barcaças, no rio Ob, que is levará para prisões na Sibéria.
Exilados e condenados em Tyumen esperam para embarcar na barcaça que os levará até a Tomsk. Muitos levam voluntariamente suas esposas e filhos.
Shchedrin, um professor, era prisioneiro político nas minas de ouro de Kara, fugiu em abril de 1882 atravessando a prisão. Ele e outros prisioneiros foram recapturados e permanentemente acorrentados a carrinhos de mão, antes de serem enviados para células de isolamento no castelo de Schlisselburg.
Grupo de condenados descansa ao lado da estrada que estão construindo.
Condenados fazem sua única refeição do dia à beira da estrada.
Exilados em uma estrada perto de Tomsk.
Um prisioneiro chamado Mikhailof.
Seu nome era Klenof e não sabia ao certo porque foi exilado.
Dikofski, condenado em Odessa a 20 anos de exílio.
Mulheres e filhos de exilados posam na frente de seus quartéis.
Kardashof, um exílado político que foi morar na aldeia de Selenginsk, em Buriat, depois de cumprir sua sentença nas minas de ouro de Kara.
O irmão de Kardashof, que também foi exilado nas minas de ouro de Kara.
Outro político desterrado e que nunca voltou a ver sua família.
Scheffer, um dos prisioneiros das minas de Kara.
Yonof era um dos melhores amigos de Scheffer.
Um escritor de Odessa, Nikolai Alekseevich Vitashevskii, participou da oposição militar em 1878 e foi levado para a prisão central de Kharkov. Sentenciado a quatro anos de trabalho duro, ele foi exilado para Yakutsk.
Ivan Cherniavski e sua esposa foram banidos para a província de Tobolsk por processo administrativo em 1878. Em 1881, ele se recusou a prestar juramento ao Czar Alexandre III e foi enviados para o leste. Nunca mais ouviram falar dele.
Prisão em Irkutsk, Sibéria oriental.
Guardas armados cercam a lucrativa mina de ouro em Kara, Transbaikalia, onde os condenados trabalham.
O autor e fotógrafo George Kennan posa vestido de exilado da Sibéria. Ele ganhou cada peça de um exilado diferente para compor o personagem.
Fotos: Acervo da Biblioteca do Congresso Americano.
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