Pese que a Venezuela seja o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, na maioria das localidades encontrar um botijão de gás se torna uma tarefa cada vez mais difícil e, se alguém consegue, o preço pode superar mais de 100 vezes o estipulado pelo Governo. Segundo analistas, a baixa disponibilidade de gás de cozinha obedece à diminuição da produção petroleira em quase 1 milhão de barris por dia (bpd). No entanto, a estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) assegura que os problemas se devem às dificuldades para distribuir os cilindros devido a ataques a sua frota de distribuição. |
Nove de cada 10 lares venezuelanos consome gás doméstico em botijão e só 10% o recebe diretamente por encanamentos, de acordo com cifras oficiais, porque não foi cumprido um "plano de gaseificação" planejado pelo Governo há 12 anos e que incorporaria uns 5 milhões de lares à rede.
Ainda que o país possua as maiores reservas de petróleo do planeta, a produção de GLP é insuficiente para cobrir a demanda interna e suas exportações, motivo pelo que a PDVSA deve importar para respeitar seus compromissos. A Venezuela importou 26.370 bpd de GLP no primeiro semestre do 2017. O país produz 50.000 bpd de GLP, segundo o vice-presidente de PDVSA Gás, César Triana, que assegurou que a produção está acima da demanda. No entanto, analistas opinam o contrário.
- "A escassez de GLP perdurará nos próximos 3 ou 4 anos, até que não sejam construídas novas plantas de extração de LGN (Líquidos de Gás Natural) e aumentem a produção de gás associado, ou tenham as divisas suficientes para importá-lo", disse Nelson Hernández, consultor internacional e ex gerente da área de hidrocarbonetos gasosos da PDVSA.
Em protesto pela escassez de gás, no fim de maio manifestantes queimaram, em menos de um dia, 22 caminhões da PDVSA Gás em San Félix. A empresa diz que os ataques e os bloqueios de vias dificultam a distribuição dos cilindros de gás, pelo que optou pela distribuição de noite e madrugada.
Não obstante, usuários asseguram que a escassez já tem pouco mais de um ano, obrigando os a cozinhar com lenha ou usar pequenas fogões elétricas quando não tem a luz cortada. Mas a escassez não só é atribuída à exígua produção, senão à falta de cilindros, segundo a central de cooperativas de Falcón, onde opera a maior refinaria do país, Amuay. Os botijões existentes tem até 15 anos de antiguidade em péssimas condições ocasionando acidentes domésticos, segundo meios locais.
Como a gasolina e o diesel, o gás doméstico é um dos produtos mais subsidiados no mercado interno. O botijão de 10 quilos, o menor, tem um preço regulado de 50 bolivares, uns 70 centavos de real. No entanto, pode terminar custando até 100, 200 vezes mais.
Na localidade de San Félix encontrar um botijão de gás é uma tarefa cada vez más difícil. Quando alguém encontra, seu preço supera 100 vezes o estipulado pelo Governo.
Via: Reuters
Segundo analistas, a baixa disponibilidade de gás obedece à diminuição da produção petroleira.
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A estatal PDVSA assegura que os problemas se devem às dificuldades na distribuição devido a ataques em diferentes oportunidades.
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Nove em cada 10 lares venezuelanos consome gás doméstico em cilindros e só 10% recebe diretamente por encanamentos. O plano da instalação de redes de GLP não foi cumprido pelo governo.
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Ainda que o país possua as maiores reservas de petróleo do planeta, a produção de GLP é insuficiente para cobrir a demanda interna.
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A Venezuela importou 26.370 bpd de GLP no primeiro semestre de 2017.
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O país produz 50.000 bpd de GLP, segundo o vice-presidente de PDVSA.
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As autoridades dizem que produzem mais do que consomem, mas a realidade mostra totalmente o contrário.
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Em protestos pela escassez de gás, manifestantes queimaram, em um dia, 22 caminhões de distribuição em San Félix.
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A PDVSA justifica a falta devido aos protestos que começaram em abril. Mas a verdade é que a empresa não tem mais como bancar o subsídio.
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Não obstante, usuários asseguram que a escassez já dura há muito tempo, obrigando-os a cozinhar com lenha.
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Muitas pessoas se queixam que em um país que tenha petróleo, estejam passando por isto.
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A escassez não só é atribuída à exígua produção senão à falta de cilindros.
Via: Reuters
Mas como dizem, nada está tão ruim que não possa piorar, enquanto alguns reclamam da fatal de gáz para cozinhar seus alimentos, outros não têm nem o que cozinhar. Nas últimas semanas, ao menos uma dezena de espécies diferentes sumiram do Parque Zoológico de Maracaibo, capital do estado de Zuila. O desespero chegou a um ponto em que estão roubando até animais de zoológico para poder comer.
O colapso do modelo econômico socialista do país criou uma escassez crônica de alimentos propiciando a desnutrição e obrigando milhões de pessoas a buscar comida em qualquer lugar onde possam encontrar, inclusive nas lixeiras.
O tiranete Nicolás Maduro culpa a escassez de alimentos pelo protestos da oposição, que bloquearam ruas e estradas, e a "guerra econômica" mais ampla liderada por seus adversários com a ajuda de Washington. O problema são sempre os outros.
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