A origem das mandalas pode (mais ou menos) ser rastreada nas origens do hinduísmo e do budismo como representação do universo, mas mais tarde acabou se tomando um termo genérico para qualquer diagrama, gráfico ou padrão geométrico que represente o cosmos metafísica ou simbolicamente como um microcosmo do universo. Evidentemente que seus desenhos belos e intrincados logo acabaram tomando forma de pura arte, como a do artista iemenita Asmahan A. Mosleh, que leva até 4 dias para fazer uma única mandala, cujas fotos ele publica em seu Instagram. |
As peças meditativas feitas com acrílico e finalizadas com gotas de ouro, começam com um contorno de lápis que ele vai então preenchendo aos poucos com pigmentos coloridos. Pérolas coloridas são também adicionadas como detalhes finais que dão às pinturas circulares um pouco de textura. Mosleh também trabalha direta e unicamente, desde o início até a conclusão, absorvendo-se no padrão de uma obra de arte antes de decidir qual deve começar a seguir. Suas obras são realmente espetaculares.
Em várias tradições espirituais a mandala, que em sânscrito significa "círculo", podem ser utilizadas para focar a atenção dos praticantes e adeptos, como uma ferramenta de orientação espiritual, para estabelecer um espaço sagrado e como uma ajuda à meditação e à indução do transe.
Nas religiões orientais do hinduísmo, budismo, jainismo e xintoísmo é usada como mapa representando divindades, ou especialmente no caso do xintoísmo, paraísos, kami ou santuários reais.
A reintrodução das mandalas no pensamento ocidental moderno é amplamente creditada ao psicólogo Carl Gustav Jung. Na sua exploração do inconsciente através da arte, Jung observou a aparência comum de um motivo circular em todas as religiões e culturas. Ele levantou a hipótese de que os desenhos circulares refletiam o estado interno da mente no momento da criação e eram uma espécie de arquétipo simbólico no inconsciente coletivo.
Diagramas circulares são frequentemente usados em filogenética, especialmente para a representação gráfica de relações filogenéticas. As árvores evolutivas geralmente abrangem numerosas espécies que são convenientemente mostradas em uma árvore circular, com imagens das espécies mostradas na periferia da árvore. Esses diagramas são chamados de mandalas filogenéticas.
A mandala como forma de arte apareceu pela primeira vez na arte budista produzida na Índia durante o primeiro século. Isso também pode ser visto nos designs Rangoli nas famílias indianas.
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Comentários
Conheço essa artista há muito tempo. Sou vidrado nas mandalas que ela faz. Lindos padrões. As com tons dourados são espetaculares.