Artigos dessa natureza geralmente necessitavam de um "bombeiro" na seção de comentários para apartar o "fogo" das discussões. Apesar de que posts como esse acabam fomentando discussões, deveriam, em verdade, fomentar comportamentos. Ademais, o estudo realizado por psicólogos da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, "sugere" que os ateus são mais amáveis com os cristãos que o inverso. O estudo também aventa uma possível razão para isso: podem ser mais amáveis para compensar o estereótipo popular de que os ateus são imorais. |
Os psicólogos sabem há muito tempo que as pessoas tendem a favorecer seu próprio grupo em relação a outros, um fenômeno social conhecido como parcialidade de grupo. Mas novas pesquisas fornecem evidências de que os ateus estão motivados a reduzir essa tendência na tentativa de substituir o estereótipo que recai sobre eles.
Além das asseverações anteriormente mencionadas, os pesquisadores também mostraram que os cristãos têm uma distorção dentro do seu grupo com outros cristãos quando se trata de economia, o que significa que preferem fazer negócios com pessoas que crêem no mesmo que eles. Os ateus, por outro lado, não exibiram uma distorção dentro do grupo com outros ateus.
A autora do estudo, Colleen Cowgill, assinalou em uma entrevista com o Psypost que os ateus aumentaram sua visibilidade, em parte devido ao surgimento dos neo-ateus há uma década, que fez aumentar o número de descrentes e que deixou a Irreligião atrás apenas do Cristianismo e do Islã. Como explica a autora:
- "Desta pesquisa prévia, sabemos que a população geral nos Estados Unidos tende a estereotipar os ateus como imorais e pouco confiáveis, uma reputação que muitos ateus compreensivelmente acham angustiosa e insultante. Meu principal interesse residia em como os próprios ateus respondem a estes estereótipos negativos."
Ela também sustenta que os membros de um grupo estereotipado podem agir de maneira "compensatória" para combater o preconceito, citando o exemplo dos imigrantes que lutam por mostrar sua identidade quando esta é ameaçada.
No estudo usaram um jogo econômico como forma de explorar como as pessoas se comportam com os demais dentro e fora de seus grupos. O jogo utilizado era uma versão modificada do "Jogo do Ditador", onde uma pessoa (o ditador) tem que compartilhar uma recompensa monetária com outra.
No estudo, com a identidade de cada um aberta, os participantes cristãos deram mais dinheiro aos cristãos que aos ateus, enquanto os ateus deram por igual aos ateus e cristãos. Quando ocultaram a identidade religiosa dos participantes, os efeitos desapareceram para os cristãos.
De maneira reveladora, quando sua própria identidade religiosa estava escondida dos outros participantes, no entanto, os ateus deram mais dinheiro aos seus companheiros ateus do que aos cristãos. Presumivelmente, eles estavam menos motivados a contrariar o estereótipo de que eram imorais. O comportamento dos cristãos não se alterou nesta fase, ou seja, continuaram a beneficiar seu pares. Como conclui a autora:
- "Acho que é bastante revelador que os ateus estão talvez tão agudamente conscientes dos estereótipos negativos sobre si mesmos que há diferenças observáveis em seu comportamento em comparação com os cristãos, inclusive neste pequeno tipo de interação de baixo risco."
Os estereótipos citados por Colleen advém predominantemente do fundamentalismo dos religiosos afetados pelo "julgamento de valor", isto é, pela ideia maniqueísta de ver o mundo em preto e branco, justos e injustos, salvos e pecadores. E para eles um ateu está no mais baixo da escala de seu "pecadômetro".
Em um mundo ideal não deveríamos discutir se alguém é ateu ou crente, senão sobre educação, cultura e respeito. Quem tem educação, cultura e respeito, saberá respeitar as ideias dos demais, ainda que pensem diferente; quem não tem, pois não saberá respeitar. Parece que cada vez está mais na moda não respeitar as opiniões e ideias dos demais que pensam diferente de nós, do tipo: - "Ou você pensa como eu ou está equivocado."
Fonte: PsyPost.
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Comentários
não ha a real necessidade de comentários profundos , apenas façamos o que é necessário e deixemos as discussões e comentários para queles que não tem muiiiito o que fazer..........reflitam........abraços
e tem mais cristãos nos presídios que ateus.
Posso dizer que o ultimo lugar onde você iria querer ser "diferentona" é num lugar como esse.
«Esse não é um bom momento pra fazer inimigos» - Voltaire.
Experiência própria.
vê o lado bom..nós os ateus não queimamos,nem perseguimos,nem matamos as pessoas pela fé...e tem mais cristãos nos presídios que ateus.
O último parágrafo resume bem meu pensamento: não importa se a pessoa é branca, amarela, preta, transparente, crist?, ateia ou reptiliana, deve ser respeitada e respeitar!
Porém, devo concordar com o Mateus abaixo: A internet me dá nos nervos com tantos Porchats e Sottomaiors! Isso, claro, sem contar a multidão pavorosa do gado militante nos comentários net afora!
No mundo real, pelo menos até o momento, o post faz mais sentindo. Mas noto que os ateus não querem ficar pra três não!
Encerrando, digo feliz que em meu círculo de amizades não há estes rótulos. E que, minhas duas maiores amizades, são ateias.
Quod erat demonstrandum. ^^
Estudo diz que os ateus são mais respeitosos com os crentes que o contrário» - com certeza esse estudo não vale para o mundo da Internet...