Ao que parece, o abandono à segurança pública e as leis muito laxas não são um problema exclusivo dos brasileiros. Um site de Sinaloa, no México, transmitiu ao vivo, através de redes sociais, o momento em que dois homens pedem ajuda para que sejam desamarrados. Segundo informações, eles chegaram até a praça central da cidade de Culiacan, capital de Sinaloa, em uma caminhonete, estavam seminus, com os olhos vendados com fita adesiva, mãos amarradas às costas e com o corpo marcado com tinta. |
- "Prometo que não voltarei a roubar carros", dizia a frase escrita no corpo de um dos jovens, que permaneceram sentados na calçada até que conseguiram se soltar e fugir.
O diretor de Segurança Pública Municipal de Culiacan, Héctor Luis Gutiérrez , informou que as autoridades receberam uma chamada de alerta no número 911, que advertia sobre dois homens amarrados na rua. Quando as autoridades chegaram ao lugar, já não tinha ninguém.
Hector afirmou que estes casos já ocorreram em outras cidades do estado, onde delinquentes foram humilhados e obrigados a perambular pelas ruas portando cartolinas com dizeres como "rateros" ("ladrões").
Devido a uma série de motivos como deficiência do sistema de justiça e impunidade percebida ou efetiva em relação a quase todos os delitos; a anomia; o estimulo da violência através dos meios de comunicação que adotam bandidos e recriminam policiais (vide Fantástico do último domingo) e a alta percepção de insegurança, ou, melhor dizendo, o aumento real da insegurança, a sociedade acaba se motivando a tomar a justiça por suas próprias mãos. Mas isso não é legal. Não mesmo!
Por mais que tenhamos vontade de escorraçar esta cambada de fdp, fazer justiça com as próprias mãos implica a ruptura do contrato social democrático, colocando em suspeita a própria existência do Estado, de sua função principal -o uso da coerção para exercer justiça- de suas instituições e de suas leis.
Como já disse no Século XVII Thomas Hobbes: "Homo homini lupus". No estado natural, o homem é o lobo do próprio homem: os homens que vivem sem outra segurança que suas próprias forças e seu próprio talento são capazes de grandes atrocidades e barbaridades contra elementos da sua própria espécie.
Ademais, a justiça pelas próprias mãos é uma forma extrema de privatização da violência, e, mais ainda, longe de ser um mecanismo efetivo de controle, este tipo de justiça reproduz e aumenta os níveis de insegurança, supõe ameaças à integridade das pessoas e tem graves envolvimentos sobre a legitimidade e aceitação popular do Estado.
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Comentários
Que cena ridícula, que vergonha pra essas mães.
Como eu dizia quando criança: «bem feito, bem feito» ou no idioma deles «bien hecho, bien hecho». kkk