Vídeo mostra a fome que Maduro tenta ocultar: até os militares reviram lixo atrás de comida

Dias atrás disse Maduro, como grande fanfarrão que é, que ninguém a vai intervir por uma suposta crise humanitária na Venezuela. Mas não é ficção, é uma tragédia impossível de ocultar. A intervenção humanitária no país é uma necessidade impostergável, antes que as pessoas comecem a morrer de fome (se é que já não estão). As imagens foram captadas em março do ano passado pelo correspondente da Univision, Francisco Urreiztieta e são mais que eloquentes.

Há fome na Venezuela, ainda que toda a maquinaria mediática chavista tente ocultar. Até os militares, o setor mimado pelo regime socialista, tem que revolver o lixo para encontrar o que comer. O vídeo coloca Maduro em uma posição ridícula porque o regime nega cada vez que pode que exista uma crise humanitária no país. Não fornece números oficiais da inflação e deixou de publicar estatísticas importantes como a da pobreza, mortalidade infantil ou a desnutrição.

Maduro não fala da inflação, que atingiu 2.616% durante 2017, mas aumentou o salário mínimo por decreto quatro vezes: em janeiro, maio, novembro e dezembro. O regime nega o desabastecimento de produtos básicos, porque ainda sendo uma das maiores reservas de petróleo do mundo não soube diversificar sua economia nos quase 20 anos chavistas e deixou de importar os 70% dos alimentos que consome.

E desta vez as imagens não mostram um grupo de pobres das ladeiras de Petare, mostram os militares venezuelanos com fome. Esses mesmos militares que Maduro usa para reprimir as marchas opositoras, os mesmos cujos altos comandos manejam a poderosa PDVSA, os mesmos que fazem vista grossa com os coletivos chavistas, esses mesmos que tinham benefícios porque a união cívico-militar garante a "revolução".

É que os militares também são venezuelanos e todos os venezuelanos sofrem com a crise econômica. Bom, quase todos...