A Galeria Nacional de Retratos do Smithsonian em Washington, DC, que foi criada em 1962 por um ato do Congresso, é o único local fora da Casa Branca com uma coleção de retratos de ex-presidentes dos Estados Unidos. Ontem revelaram as obras que retratam Barack e Michelle Obama, criadas por Kehinde Wiley e Amy Sherald, respectivamente. As curiosas obras mereceram destaque da mídia e das redes sociais e não necessariamente por sua beleza artística. |
O retrato de Michelle é de um amadorismo que dificilmente a gente consegue entender, e ainda que Obama tenha descrito a sua obra como engenhosa, a verdade é que as incongruências da mesma geram várias perguntas. Sem contar o fato de que Kehinde tem o feio costume de exibir uma veia quase doentia em suas obras.
Mas há um componente PC na história: os Obamas selecionaram os artistas, Kehinde e Amy, por serem os primeiros artistas afro-americanos a serem contratados para retratos presidenciais, mas parece que não se preocuparam muito com o talento dos mesmos. De qualquer forma a "lacração" já estava garantida e agora os "entendidos" de arte estão arrumando várias explicações metafóricas para as obras como forma de justificativa.
Sempre que uma obra não corresponde a expectativa popular chega o momento de dizer que as pessoas não entendem nada de arte e que, sim, qualquer porcaria é arte. Foi assim que o fundo estridente e "cheguei" do quadro passou a evocar simultaneamente os murais de ruas do Caribe e o muro de um estádio de beisebol de Boston, supondo que representa as raízes de Obama em Chicago, Quênia e Havaí.
Ok, vamos aceitar esta tal alegoria de jasmins representando o Havaí; lírios azuis para a herança queniana de seu pai; e a flor oficial de Chicago, o crisântemo. Faz sentido.
O que não faz nenhum sentindo é que Obama está sentado (ou fundido) no apoio de braço esquerdo da cadeira. Isso sem contar que as mãos do ex-mandatário são desproporcionadamente grandes. De fato, têm o mesmo tamanho de seu antebraço. Além de que o artista parece ter presenteado Obama com um sexto dedo na mão esquerda.
Já o quadro de Michelle não merece nem a perda de tempo com comentários. Mas ainda assim, a pintura de Amy será exibida no museu até novembro de 2018 e a de Kehinde estará em exposição pública permanente na galeria de "Presidentes dos Estados Unidos" do museu.
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