Natural de Tamworth, perto de Birmingham, Amelia Eldred, uma pequena de seis anos com sonhos de um dia se transformar em uma grande bailarina, recebeu um diagnóstico devastador: tinha um tumor de 10 centímetros no fêmur de sua perna esquerda, uma forma de câncer de ossos chamado osteossarcoma, ou sarcoma osteogênico. Tinha que amputar a articulação, ainda que os cirurgiões encontraram uma solução insólita. |
O tumor não estava respondendo à quimioterapia, de modo que os médicos disseram aos pais da pequena que a extremidade devia ser amputada, ainda que criam ter entre mãos uma opção para manter sua mobilidade: a retorção plástica.
Passaram alguns meses, e aquela opção hoje é uma realidade. Os cirurgiões amputaram a perna de Amelia na altura da coxa, tiraram a parte central cancerosa e depois voltaram a colocar a parte inferior da perna na parte superior da mesma. Com uma particularidade: colocaram de trás para frente.
Por que? Porque assim poderia usar seu tornozelo como a articulação de joelho, além de poder colocar seu pé diretamente em uma prótese para que possa caminhar, correr e inclusive dançar outra vez. Segundo a própria Amelia:
- "Não me sinto muito diferente, ainda que sim tenho que me mover porque tudo é ao contrário: quando a movo para cima ou para baixo ou de um lado a outro, vou pelo outro lado porque é o caminho equivocado."
Para Lê Jeys, um dos cirurgiões que realizou o procedimento no Royal Orthopaedic Hospital em Birmingham:
- "Amelia era a paciente perfeita para se submeter a este procedimento e inclusive disse 'adeus perdedor' ao câncer enquanto nos preparávamos para amputar sua perna. Tem demonstrado uma grande valentia e confiança, ainda que sinta-se um pouco diferente. Alegra-me que possa continuar fazendo tudo o que uma criança normal pode fazer, inclusive o esporte e a dança."
O osteossarcoma, que é o tipo mais comum de câncer de ossos em crianças, geralmente afeta o fêmur e a tíbia na parte superior e inferior da perna, e o úmero na parte superior do braço. Quando é tratado cedo, a taxa de sobrevivência em longo prazo é de 70 a 75%.
Por verdade, Amelia não é o primeiro caso bem sucedido neste tipo de operação onde parte da perna servirá mais tarde para sua mobilidade. Em 2016 falamos de Gabi Shull, 14 anos, que também viu seu sonho de ser bailarina adiado pelo câncer nos ossos, quando tinha 9 anos. Depois de 5 anos de tratamento a garota colocou sua prótese de "pontinha dos pés" para enfim fazer sua apresentação como bailarina.
Fonte: Live Science.
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