Um dos países budistas mais devotos do mundo, Mianmar é o lar de uma incrível quantidade de templos budistas, pagodes e mosteiros. Na região de Bagan, Patrimônio Mundial da UNESCO, mais de 10.000 templos foram construídos entre os séculos IX e XIII! O local se destaca não apenas pelo grande número de edifícios religiosos, mas também pela magnífica arquitetura dos edifícios e sua contribuição para o design do templo birmanês. A arte da arquitetura dos pagodes em Bagan prova a conquista dos artesãos de Mianmar em artesanato. |
Curiosamente, e um erro crasso cometido por grande parte da população mundial, as origens do budismo não se encontram na cultura japonesa e nem chinesa, senão na indiana com o nascimento de Sidarta Gautama, o Buda magrelo e histórico -por assim dizer- no Nepal.
Sidarta era uma classe de "mauricinho" que se cansou da sua condição fútil e foi viver uma vida de penitência junto aos monges brâmanes tentando, segundo dizem, encontrar a resposta para o sofrimento do mundo e só conseguiu após passar 7 semanas sentado debaixo de uma figueira, quando enfim alcançou o nirvana e tornou-se Buddha, o Iluminado.
Já aquela imagem do Buda gordo e sorridente, associada ao budismo que todos conhecemos, pertence a um lendário monge zen da dinastia Liang (907-923), popular na China e Sudeste Asiático, chamado Bùdài. Há poucos dados históricos que confirmem a sua existência, mas um texto zen do ano 988 fala que era um tipo excêntrico que vagava com um saco nas costas e que com a passagem do tempo foi rodeado de inúmeros episódios e mitos.
Pese a que nem histórica nem filosoficamente teve nada a ver com o Sidarta, parece que, com o tempo, foi criando entre ambos uma verdadeira confusão proveniente -entre outros fatores- da homofonia Buddha/Bùdài, o que fez do Buda gordo e sorridente a imagem por excelência do futuro Buda histórico.
O fato é que os ensinamentos de Buda são a base do budismo e o hinduísmo e tem influência em quase todas as religiões orientais. Conjuntamente com Confúcio e Lao Tse conformam a maior base filosófica e religiosa do oriente.
Assim, Mianmar, não podia ser diferente e hoje seus templos permanecem formando um dos sítios arqueológicos mais ricos da Ásia, e se tornando uma grande atração turística no processo. Em 2020, o fotógrafo russo Dimitar Karanikolov visitou a antiga Birmânia, registrando centenas de fotos de cair o queixo de Bagan, Yangon e Mandalay.
Ele compartilhou uma série de imagens no Behance, algumas das quais você pode encontrar abaixo. Para mais, confira o trabalho de Dimitar no Behance, Instagram ou no Facebook.
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