Nós (quase) sempre recorremos ao universo feminino quando é para falar sobre tendências fashion e da moda, já que elas dominam o segmento e criam tendência, mas, às vezes, os homens se sobressaem também com alguma novidade, conforme aconteceu entre o fim dos anos 60 e início do próximo. A novidade coincidiu com a chegada em massa às prateleiras de produtos para cabelos masculinos. Até ali, e como fazem alguns "mascadores de abelhas" até hoje, a maioria dos homens só lavava a cabeça com sabonete. |
Os penteados e cortes variavam bastante, mas o básico era o cabelo volumoso, quase igual ao "capacetão" feminino, que ilustramos algumas semanas atrás. Com o diferencial que havia bigodes, costeletas e barbas cerradas, também. Foi definitivamente uma década cabeluda!
O corte e penteado mais popular, Pompadour (cauda de pato), também tinha uma referência: Elvis Presley. E se as mulheres abusavam do laquê para manter aqueles penteados enormes e geometricamente perfeitos, os homens exorbitavam na gomalina ou Trim (os mais endinheirados) e na banha (os menos) para manter a melena no lugar.
Já nos anos 70 os cortes começaram a ficar mais longos, como forma de se rebelar contra o sistema e, geralmente, a influência vinha dos astros do rock, o que representava para os jovens pertencer a uma tribo e ter uma identidade comum com alguma banda ou gênero.
No entanto, ao contrário das mulheres, a sociedade conservadora não gostou muita daquela cabeleira, que era associada a vadiagem e falta de higiene. Aconteceram muitos casos de estudantes cabeludos que foram expulsos da escola, ou atacados e forçados a fazer a barba e cabelo. Havia até mesmo anúncios de emprego dizendo "bigodes e cabelos compridos não são bem-vindos".
Curiosamente, alguns homens, que deviam obrigatoriamente se ajustar ao mainstream por diversos motivos, começaram a adotar barbas e bigodes postiços. Na balada, eram "lenhadores", mas na segunda-feira de manhã no trabalho surgiam com rostos lisinhos como bumbum de bebe. Foi uma época áurea para os "peruqueiros de rosto".
Fotos: Bad Hair - Henrietta Webb.
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Comentários
Usei esse estilo durante metade da minha vida. Infelizmente, os cabeleireiros de hoje não tem capacidade de reproduzir esses cortes, então fui forçado a mudar para um corte mais atual.
Graças a deus não nasci nessa época horrorosa!
Horripilante, arrumadinho demais!
A besta do meu tio tinha uma peruca de pregar no peito, ele então colocava uma corrente com medalhão com a camisa aberta. O pior é que ele ficou nessa breguice por uns trinta anos.
Jesus... Um mais horrível que outro! Ainda bem que essa moda foi pro "brejo" faz tempo hahah