A primeira vez que alguém vê Taylor McGowan, uma bebê de 18 meses que vive perto de Chicago, costuma comentar que se parece ao famoso Albert Einstein ou pergunta se ela meteu o dedito na tomadita. Ao ver a foto de Taylor, você saberá imediatamente por que a bebê gera esta reação: seu cabelo estende-se por todos lados e parece que nunca viu um pente na vida. Em realidade, há uma razão científica pela qual Taylor tem o cabelo assim, ainda que provavelmente você não possa usá-la como desculpa a próxima vez que não tenha tempo (ou se esqueça) de pentear-se. |
Taylor é uma de aproximadamente 100 pessoas em todo mundo que padecem da síndrome dos cabelos impenteáveis, uma rara anomalia que cria hastes capilares (a parte do cabelo acima do couro cabeludo) de formato anormal.
De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde de Estados Unidos, as pessoas com esta síndrome com frequência têm o cabelo seco, encaracolado ou de cor castanho ou loiro claro. O cabelo projeta-se para fora e cresce em todas as direções, o que faz com que penteá-lo seja muito difícil. A anomalia deve-se a mutações em um de três genes: Pad13, Tgm3 ou Tchh. Estes três genes são responsáveis pela formação de proteínas nas hastes capilares.
A mãe de Taylor, Cara McGowan, percebeu que sua bebê era um pouco diferente quando tinha entre quatro e seis meses.
- "Ela tinha um aspecto único", afirmou Cara. - "Seu cabelo era um pouco encaracolado, e achávamos que eventualmente cairia."
Quando um familiar viu fotos de crianças com a síndrome do cabelo impenteável, comentou a Cara que talvez a pequena Taylor poderia padecer da mesma doença. Ainda que Cara pensou que era impossível que sua filha tivesse uma síndrome tão rara, entrou em contato com Regina Betz, a professora que descobriu os três genes responsáveis por causar a anomalia em 2016.
Cara e seu marido mandaram amostras de sangue a Regina, que trabalha na Universidade de Bonn, Alemanha, para confirmar se Taylor tinha a síndrome e se seus pais eram portadores de um dos genes que contém a mutação.
Regina confirmou que Taylor sim tem a síndrome e que Cara e seu marido tinham a mutação no gene Pad13, um gene recessivo, o que significa que se um bebê receber a mutação de somente um de seus pais, não desenvolverá a síndrome. Este não foi o caso de Taylor, já que seus dois pais têm o gene.
A pesquisadora acha que a síndrome poderia ser mais comum do que se pensa, afetando a milhares de pessoas. Com respeito à pessoa mais suspeita de ter a síndrome, Einstein, Regina diz que a única forma do saber seria mediante a realização de testes em seus descendentes.
O cabelo de Taylor é difícil de pentear, de acordo com sua mãe. O único que funciona é o de uma simples passada com a mão, ainda que com frequência se levanta e fica espetado sobre a cabeça como se tivesse levado um choque. Cara diz que seu cabelo também se danifica facilmente com os rabicós e produtos químicos.
Por sua vez, Cara quer criar consciência sobre a síndrome de cabelo impenteável. Assim, criou uma página de Facebook para Taylor chamada BabyEinstein2.0. Ela quer animar as pessoas para que tenham uma atitude mais tolerante ao considerar as características de outros, pois, segundo comenta, algumas pessoas apontam o cabelo de Taylor e debocham.
- "Não há problema em ser diferente, ser diferente é aceitável, e deveria ser celebrado", conclui Cara.
Fonte: Independent.
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Comentários
Acho que meu filho, Davi, tem essa síndrome, pois o cabelo dele, desde bebê, cresce desordenado.
Hoje ele tem 9 anos e ainda é bem difícil de pentear! 🤔
Então raspe careca !
Quando ela for adulta, vai ser um baita charme !!!
Tá explicado a volumosa cabeleira do jogador Marcelo.