Na passada segunda-feira, o presidente de França protagonizou uma cena que deu a volta ao mundo. O episódio ocorreu em Suresnes, uma comuna francesa pertencente ao departamento Hauts-de-Seine. Macron foi ao lugar onde a cada 18 de junho, desde 1960, lembram os franceses mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fazer o percurso usual que costumam empreender os políticos em eventos públicos como este, Macron chegou até uma área onde se encontrava um grupo de adolescentes, um dos quais parecia estar preparado para a ocasião. |
Mal viu que o presidente se aproximava, começou a entoar os primeiros versos de L'Internationale (a canção da Comuna de Paris e que identificou numerosos movimentos sociais do século XX) e ato seguido saudou o presidente o chamando com um amigável "Manu".
O presidente então disse ao jovem que se encontrava em um ato oficial e que tinha que se comportar conforme às circunstâncias, o tratou de "imbecil" e ao final disse que ele devia chamá-lo de Senhor Presidente da República ou Senhor. O rapaz, visivelmente consternado, não teve outra reação mais do que acatar a reprimenda.
Os usuários da internet logo polarizaram o assunto, há quem diga que Manu é um arrogante estúpido que não sabe falar a língua dos jovens,inclusive os de suas fileiras, e há quem ache que o Senhor Presidente da República francesa tenha razão devido a perda de valores verificados em vários âmbitos da sociedade atual.
Ademais, depois de censurar o rapaz, Macron lançou mão de um clichê (mais ou menos):
- “Antes de fazer a revolução consiga um diploma e aprenda a pagar suas contas." Conquanto a primeira condição é sumamente discutível, na segunda poderíamos conceder certa razão ao político, pois a autonomia pessoal é, efetivamente, o único caminho que conduz à liberdade autêntica.
O que eu quero dizer é que, se em um dia, como gênero humano, formos capazes de educar, a grande escala, pessoas que acima de todo busquem se valer por si mesmas, talvez nesse dia descubramos que no fundo não precisamos de presidentes da república, nem que nos dirijam, nem que nos repreendam ou roubem, porque seremos suficientemente responsáveis para fazer o que quisermos.
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Comentários
"...não teve outra reação mais do que acatar a reprimenda." Se fosse uns guri que eu conheço teriam mandado se foder, então kkkkk
Esse presidente até putinho é, querendo atenção.
Frescura...
Vem aqui no Brasil que eu vou te mostrar o "sr. presidente" !
E até balanço ele pra ti !!!
Já que o Sr.Presidente acha que tem que ser tudo ao pé da letra, deveria ter sido mais educado com o menino, já que, ao pé da letra, ele é apenas mais um funcionário público subordinado ao povo, e não acredito que ele trataria o garoto por "patrão", "chefe" ou qualquer coisa que o valha.